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Projeto de ONG garante acesso de jovens às tecnologias em MG

O Morrobótica está com inscrições abertas e prioriza adolescentes entre 14 e 17 anos em situação de vulnerabilidade

9 mai 2022 - 05h00
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Educação sem tecnologia é impraticável. Mesmo sendo essencial para todos os alunos, pesquisa do último Censo Escolar aponta que a internet está presente em 85% da rede privada de ensino e caiu para 52,7% nas escolas municipais.

Buscando fortalecer a transformação digital, a Fa.vela, ONG do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte (MG), lançou o projeto Morrobótica, que propõe democratizar o acesso dos jovens às tecnologias de forma criativa e empreendedora. A organização atua em comunidades de baixa renda com programas de aceleração de negócios e projetos com foco em impacto socioambiental e econômico. 

Inscrições estão disponíveis gratuitamente até o dia 20 de maio para adolescentes de 14 a 17 anos
Inscrições estão disponíveis gratuitamente até o dia 20 de maio para adolescentes de 14 a 17 anos
Foto: Arquivo Pessoal

As inscrições já estão abertas e estarão disponíveis gratuitamente até o dia 20 de maio para adolescentes de 14 a 17 anos, regularmente matriculados no ensino público das regiões do Barreiro, Venda Nova e Centro Sul. A preferência é por participantes em risco social e marginalizados pela sociedade, como negros, meninas, LGBTQIA+, indígenas e pessoas com deficiência. Os alunos receberão um kit, incluindo um tablet e um chip de acesso à internet.

O Morrobótica pretende preparar os alunos para o mercado empreendedor e tecnológico, para que eles possam construir um futuro inclusivo e sustentável, independente das estatísticas atuais.

“O acesso às tecnologias mais complexas não é universal. Essa distância do universo digital é de impacto profundo na construção de adultos mais preparados para o próprio presente, que ao não participarem e aturarem com essas tecnologias, não desenvolvem  habilidades e comportamentos inerentes da economia digital", é o que afirma Tatiana Santos, diretora presidente do Fa.vela, sobre a necessidade de um projeto como o Morrobótica. Ela completa que em uma visão sistêmica, a não inclusão de públicos historicamente desfavorecidos os mantém maginalizados, sejam na esfera do mercado de trabalho, de acesso a serviços, ou até mesmo no protagonismo que poderiam desenvolver.

O Morrobótica utilizará princípios da cultura maker para ensinar os jovens a trabalharem e pensarem em tecnologias de forma prática, simples e criativa, incentivando esses conhecimentos à escolha pelo empreendedorismo. A cultura maker trata-se de uma subcultura contemporânea que parte do princípio que todos podem e devem ter autonomia para criar, modificar e ressignificar objetos utilizando tecnologias simples ou avançadas, transformando a realidade e implementando mudanças significativas.

João Souza, diretor de novos negócios e parcerias da ONG Fa.vela
João Souza, diretor de novos negócios e parcerias da ONG Fa.vela
Foto: Arquivo Pessoal

João Souza, diretor de novos negócios e parcerias do Fa.vela, explica que mais que ensinar a usar as tecnologias existentes, é preciso ter ciência de que soluções podem vir de qualquer tipo de ferramenta. O projeto vai além de tecnologia e empreendedorismo: objetiva desenvolver nos jovens uma nova forma de ver o mundo. "Buscar soluções acessíveis para problemas cotidianos, agindo de forma inovadora e protagonizando a construção de soluções que façam sentido em sua vivência”, complementa Souza.

Para se inscrever, basta preencher o formulário presente na bio do Instagram da Fa.Vela.

ANF
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