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Quarta, 19 de março de 2003, 10h18
Oscar corre risco de ser adiado ou adaptado ao "tom do momento''

Os organizadores do Oscar, na terça-feira, declararam oficialmente que "o show deve continuar", preparando-se para a cerimônia de premiação, no próximo domingo. Mas estão atentos ao noticiário, temendo que a deflagração da guerra contra o Iraque possa estragar ou adiar a maior festa anual de Hollywood.

Funcionários da Academy of Motion Pictures Arts and Sciences não quiseram comentar planos contingenciais para a cerimônia do dia 23 de março, no caso de um ataque americano ao Iraque, que pode ocorrer já na noite de quarta-feira.

O produtor da cerimônia, Gil Cates, declarou na segunda-feira que a entrega dos prêmios está planejada para ocorrer normalmente. Mas admitiu que todos estavam "colados na TV" para ouvir o discurso em rede nacional do presidente George W. Bush - em que deu um ultimato de 48 horas para que Saddam Hussein retire-se do Iraque ou enfrente a guerra.

Na terça-feira, funcionários da academia não quiseram fazer mais comentários, mas estima-se que haja uma série de planos de contingência, incluindo adiamento da cerimônia e a adaptação da cerimônia conhecidamente glamourosa para um tom mais contido.

"Há um número infinito de possibilidades, de coisas que podem acontecer e de coisas que podem mudar", disse a porta-voz da academia, Leslie Unger, à Reuters.

Em 75 anos de história, a cerimônia do Oscar nunca foi cancelada, mas já foi adiada três vezes - em 1938, devido a enchentes em Los Angeles; em 1968, por causa do assassinato de Martin Luther King Jr.; e em 1981, quando o presidente Ronald Reagan sofreu um atentado a tiros.

O adiamento, mesmo que por alguns dias, seria um pesadelo logístico. Alguns dos 3.500 convidados liberaram suas agendas para esse dia há meses. Planejamento de viagens, planos de segurança e a programação da TV teriam que ser mudados.

Nos EUA, a cerimônia é transmitida ao vivo pela rede ABC e é uma das maiores receitas publicitárias da TV, atraindo uma audiência de cerca de 42 milhões de pessoas (número registrado no ano passado).

UM TOM DIFERENTE

Segundo Cates, se o país estiver em guerra no domingo, o tom do Oscar mudaria para "refletir o tom do momento", e a ABC pode deixar de transmitir partes do evento para dar notícias de última hora.

A rede de televisão não quis comentar a respeito de suas negociações com a academia, dizendo apenas que "se houver eventos mundiais que exigem cobertura na noite da premiação da academia, as notícias serão dadas ao público americano, com todo o apoio da academia."

Os organizadores das festas que tradicionalmente acontecem depois da entrega também estão de sobreaviso.

Não ficou claro se os atores de Hollywood - muitos dos quais protestaram contra a guerra - estão dispostos a participar da cerimônia caso a ação militar se concretize.

Daniel Day-Lewis - o favorito para levar a estatueta de melhor ator por seu papel em Gangues de Nova York - disse a repórteres, na semana passada, que "seria obsceno ver-nos saltitando e sorrindo no tapete vermelho enquanto outras pessoas estarão morrendo."

Nicole Kidman - com boas chances por seu papel como a escritora Virginia Woolf em As Horas - disse na semana passada que estava dividida entre participar ou não da cerimônia em caso de guerra.

"Há dois argumentos: que se deve continuar com a vida, mas é claro que também pode ser estranho estar lá", Kidman disse a repórteres.

Segurança reforçada vai guardar o Kodak Theater, no centro de Hollywood. Várias ruas já foram fechadas, todos vão passar por detectores de metal e os veículos serão revistados. Autoridades pediram o fechamento do espaço aéreo de Hollywood.

Reuters

 
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