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Ciclo: Cidade de Deus chama atenção do mundo para a produção nacional

Quarta, 11 de dezembro de 2002, 14h48

"Central do Brasil", de Walter Salles
(Divulgação)
Assista aos trailers de:
» Central do Brasil
» O Auto da Compadecida

Na semana passada, a Associação dos Críticos de Cinema dos Estados Unidos escolheu o longa Cidade de Deus como um dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano. Esta indicação dá uma forte pista de que o filme de Fernando Meirelles pode concorrer ao Oscar, e também comprova a boa aceitação da obra em todos os lugares onde é exibida.

Vista mais a fundo, a notícia só confirma a capacidade que o cinema nacional tem de chegar a altas posições nos festivais e premiações pelo mundo todo. Os filmes brasileiros sempre conquistaram os públicos e júris nos mais diversos países, e esta tradição não deve acabar tão cedo, apesar dos problemas históricos de exibição e distribuição.

Aqui selecionamos oito filmes que representam o que há de melhor na história de nosso cinema.

Carlota Joaquina (1994)
Este longa de Carla Camurati é considerado o pontapé inicial da retomada do cinema brasileiro, quatro anos após o fechamento da Embrafilme. O filme foi muito bem recebido pela crítica e público do País em seu lançamento, em 1994. Marieta Severo vive a infame rainha portuguesa, mulher de dom João VI, que causou escândalo ao ter um caso com um negro. Apesar de algumas incorreções históricas (podemos chamar de "licenças artísticas"), o humor quase nonsense é irresistível.

Central do Brasil (1998)
Walter Salles teve seu primeiro grande sucesso de público com esta viagem ao coração do Brasil, consagrada em todo o mundo. Fernanda Montenegro vive uma idosa que ajuda um menino (Vinícius de Oliveira) a sair das ruas do Rio e encontrar seus pais, em seu Nordeste natal. Para isto, ambos ingressam em uma jornada quase interminável pelo País. Salles buscou inspiração em seus ídolos neorealistas italianos para apresentar uma visão crua e sincera do Brasil. Vencedor dos ursos de Ouro e Prata (para Fernanda) no Festival de Berlim e do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. Ganhou ainda duas indicações ao Oscar (filme estrangeiro e atriz).

Auto da compadecida (2000)
A versão bem-humorada de Guel Arraes para a obra de Ariano Suassuna arrebatou milhões de espectadores na tela pequena, ao ser exibido como uma minissérie na Rede Globo. O sucesso foi tanto que o filme foi lançado nos cinemas, onde levou mais multidões. O destaque vai para a dupla de protagonistas, João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello). O DVD é duplo e traz trailer e making of.

Pequeno Dicionário Amoroso (1997)
Esta despretenciosa comédia romântica, dirigida por Sandra Werneck, fez muito sucesso na época de seu lançamento, em 1997. Daniel Dantas e Andréa Beltrão se conhecem e se apaixonam no Rio de Janeiro, o cenário certo para um romance perfeito. Mas como isto é uma utopia, ambos passam o filme "entre tapas e beijos", sempre questionando o relacionamento. Os tópicos discutidos pelos dois são apresentados como verbetes de dicionário, de onde vem o nome do filme. É um bom programa para uma Sessão da Tarde, mas nada muito além disto.

O Invasor (2001)
Beto Brant agitou o cinema brasileiro com Os Matadores (1997), um thriller policial frenético e incomum, passado no interior do País. Depois, a bola baixou com Ação entre Amigos (1998), filme um pouco mais sóbrio, sobre um acerto de contas entre torturados e torturador durante a repressão. Com o Invasor, Brant fez seu filme mais urbano e mais radical, uma verdadeira porrada na cara do espectador. Um sucesso em todos os festivais em que foi exibido, O Invasor tem como destaque o titã Paulo Miklos, em sua fantástica estréia no cinema.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
Em 1964, o baiano Glauber Rocha provocou a maior revolução da história do cinema brasileiro. Seu longa Deus e o Diabo na Terra do Sol serviu para firmá-lo como um dos grandes realizadores do cinema mundial e estabelecer o Cinema Novo como referência estética internacional. A visão de Glauber do sertão nordestino mesclava imagens poderosas - John Ford foi sua grande inspiração - e uma linguagem cheia de simbolismos. O filme perdeu a Palma de Ouro em Cannes por apenas um voto do júri, mas foi consagrado em todo o mundo. Deus e o Diabo será lançado em DVD duplo em dezembro, junto com vários outros títulos do diretor.

Toda nudez será castigada (1973)
Arnaldo Jabor fez, a partir da obra do anjo pornográfico Nelson Rodrigues, um dos melhores filmes brasileiros dos anos 70. Sarcasmo, perversão e sexo latejam na história da prostituta (Darlene Glória, em seu melhor momento) acolhida por um milionário viúvo (Paulo Porto). Este filme é muito mais que mulheres nuas e palavrões, como os detratores do cinema nacional gostaram de dizer por muitos anos. Premiado em Gramado, o filme teve sua cópia em DVD feita a partir do negativo restaurado.

Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968)
Inspirado nos filmes dos Beatles (Os Reis do Iê-Iê-Iê, Help), o diretor Roberto Farias achou uma mina de ouro ao usar a turma da Jovem Guarda, liderada por Roberto Carlos, para uma série de filmes. A fórmula, lançada com este filme, deu certo: as tramas bobinhas e as cenas de ação eram apenas molduras para os sucessos do "rei". O resultado foram cinemas abarrotados. Hoje, a diversão fica garantida pelos penteados, as roupas e, claro, as eternas canções. Os outros filmes (Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa e Roberto Carlos a 300 km por Hora) também estão disponíveis em DVD.

Outros ciclos:
» Brad Pitt
» 007

Rafael Spuldar
Redação Terra

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