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Capital marroquina do cinema espera filme de Oliver Stone

Sexta, 31 de maio de 2002, 14h49

Ali Mestali mal conseguia disfarçar seu entusiasmo: "Alexandre, o Grande está vindo a Ouarzazate! É a melhor notícia desde Gladiador".

Mestali tem 31 anos e está desempregado há seis meses. Ele está contando os dias que faltam para setembro, quando está prevista a chegada do diretor americano Oliver Stone a Ouarzazate, capital marroquina do cinema, para filmar Alexander the Great.

Situada no sul do Marrocos, na porta de entrada ao deserto do Saara e no sopé dos montes Atlas, a cidade é abençoada com paisagens naturais de uma beleza arrebatadora, incluindo picos recobertos de neve, desertos, dunas de areia, oásis e platôs que lembram paisagens lunares.

Muitos filmes famosos já foram rodados na região, incluindo Lawrence da Arábia, de David Lean, A Jóia do Nilo, nos anos 1980, com Michael Douglas e Kathleen Turner, Kundun, de Martin Scorsese, sobre a vida do Dalai Lama, e, mais recentemente, o oscarizado Gladiador, de Ridley Scott.

Mas, depois dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos - levando em conta o fato de o Marrocos ser um país muçulmano -, vários projetos de filmagem na região foram cancelados, prejudicando duramente a economia local, que depende da indústria do cinema e do turismo.

"Os americanos cancelaram ou adiaram todos os projetos de filmagem", disse um alto representante do Centro Cinematográfico Marroquino (CCM), organismo estatal com sede na capital nacional, Rabat.

"Estamos apenas com um filme alemão e uma série italiana sobre a Bíblia sendo rodados."

Moradores da região viram figurantes
Um representante da Câmara Municipal de Ouarzazate disse que são rodados em média seis filmes por ano na região, dois dos quais costumam ser grandes produções.

"Desde 11 de setembro tivemos apenas uma grande produção, o francês Asterix e Cleópatra, mas, em termos de benefícios para a região, foi muito pequeno comparado às produções americanas", ele explicou.

A cidade possui dois estúdios principais, e os moradores da região são contratados como figurantes ou para ajudar a construir ou pintar os sets. Os contratos podem durar até dois anos.

Segundo o representante da Câmara, a bela paisagem marroquina não é o único atrativo: o outro é a mão-de-obra barata e boa. "Eles pagam cerca de 13 dólares por dia para o marceneiro ou figurante que contratam. É dinheiro bom por nossos padrões nacionais, e mais ainda pelos padrões da região", disse ele.

Reuters

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