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Arte do skate vertical é tema de documentário premiado

Sexta, 31 de maio de 2002, 12h12

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A explosão da arte do skate vertical ganha novo espaço na cultura pop com o filme Dogtown and Z-Boys, que retrata o surgimento da mais famosa equipe dos anos 70, que impulsionou o boom do esporte e ainda influencia manobras em todo o mundo. Premiado como melhor documentário no Festival de Sundance do ano passado, o filme é dirigido por Stacy Peralta, um dos skatistas profissionais do grupo, que virou empresário e produtor de vídeos. A produção faz uma excelente retrospectiva da cultura das ruas da Califórnia na época por meio de imagens originais feitas em Super 8 e entrevistas atuais.

Dogtown é o nome de uma região que fica entre Venice e Santa Monica, que, depois de ter sido idealizada como a Coney Island do Oeste nos anos 70, estava abandonada e virou o destino de jovens surfistas com pouco dinheiro. O skate, que havia ganhado popularidade nos anos 60, estava em baixa na época, até que o time de surfe patrocinado pela marca Zephyr resolveu levar para o asfalto as manobras radicais feitas nas ondas. Surgiam assim os Z-Boys, um time de skatistas que incluiu nomes que viraram os ídolos do esporte, como Tony Alva, Jay Adams e Peralta – além da única garota, Peggy Oki.

As evoluções foram ficando cada vez mais radicais graças a uma seca que tomou conta da Califórnia no final dos anos 70, que deixou uma série de piscinas vazias na região. Os Z-Boys invadiam os jardins das casas e usavam a superfície curva das piscinas para tentar manobras cada vez mais ousadas. Nascia assim o “vertical skating”. Com uma série de reportagens publicadas por uma revista de surfe e a participação deles em campeonatos de skate, o time virou um business e impulsionou a explosão do estilo em todo o mundo.

Dogtown and Z-Boys, que tem narração de Sean Penn, conta toda a história da equipe em detalhes e com uma visão de quem tem muita intimidade com o assunto. Peralta mostra como eram construídos os primeiros skates e há uma enxurrada de imagens que serviram de inspiração para os populares vídeos que retratam o esporte atualmente.

Para Eli Gesner, dono da marca nova-iorquina de skate Zoo York, os Z-boys foram importante principalmente para a definição de um estilo no esporte. Ele chegou a fazer parte da segunda geração da equipe e levou para a Califórnia um pouco do estilo da Costa Leste. “Em Nova York, buscávamos inspiração no hip hop e no grafite, enquanto na Califórnia, eles eram fiéis à cultura do surfe”, explica ele. “Mas eu não estaria aqui e não teria este negócio se eles não tivessem levado a cultura do skate tão além.”

A história de Dogtown vem gerando interesse por ter sido um daqueles momentos na história que dificilmente aconteceriam de novo, como a era do Studio 54 em Los Angeles. “Hoje em dia, com a exposição da mídia, seria impossível que eles durassem como uma força underground íntegra por muito tempo”, analisa Gesner. Além do documentário de Peralta, recentemente o vocalista da banda Limp Bizkit, Fred Durst, anunciou que vai dirigir um filme sobre o mesmo tema, batizado de The Lords of Dogtown.

O documentário, que está atualmente fazendo sucesso nos cinemas americanos, ainda não tem data de estréia no Brasil (mas com certeza o DVD e as cópias piratas estarão circulando nas melhores lojas do ramo em breve). Trechos do filme estão disponíveis no web site oficial, no endereço https://www.dogtownmovie.com. O site também inclui a história detalhada do local e da equipe, além de mapas e imagens imperdíveis.

Guto Barra/ Planet Pop

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