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Diretor austríaco leva perversão sexual a Cannes

Segunda, 14 de maio de 2001, 16h47

Depois de traumatizar o público do festival de Cannes quatro anos atrás com um filme sobre violência gratuita, o diretor austríaco Michael Haneke está de volta ao festival, desta vez mostrando perversão sexual.

La Pianiste, filme de Haneke que é candidato à Palma de Ouro, traz a atriz francesa Isabelle Huppert como a heroína Erika, fria e emocionalmente tão reprimida que sua sexualidade se reduz ao voyeurismo mórbido e à auto-mutilação.

Erika vive com sua mãe alcoólatra e dominadora (Annie Girardot), isolada da vida e do amor, até que um aluno seu do conservatório de Viena, Walter, tenta seduzi-la.

"Não acho que ela seja doente, acho que é neurótica. Ela é produto de uma certa sociedade", disse Haneke em coletiva de imprensa, onde foi saudado com aplausos.

No filme são mostradas cenas de Huppert cortando sua genitália com uma lâmina, cheirando lenços de papel encharcados em sêmen enquanto assiste a um "peepshow" e vomitando no chão de um vestiário depois de praticar sexo oral.

"Não foi um problema fazer essas cenas. Não achamos que estivéssemos explorando território perigoso ou desconhecido, enquanto atores", disse Huppert, uma das mais importantes atrizes francesas da atualidade. "Mas isso não quer dizer que tenha sido um prazer fazer todas as cenas".

Cenas de depravação não são novidade na obra de Haneke. Em 1997 ele criou um escândalo com Funny Games, também exibido em Cannes, no qual dois psicopatas sádicos e homicidas torturam um casal e seu filho pequeno.

Reuters

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