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Cineasta do povo inuit apresenta seu filme em Cannes

Domingo, 13 de maio de 2001, 15h27

Zacharias Kunuk tinha 9 anos em 1966, quando viu pela primeira vez um homem branco. Com 24 anos, comprou em Montreal sua primeira câmera de vídeo. Neste domingo, apresentou seu primeiro longa-metragem, Atanarjuat (O homem rápido) na seleção oficial hors-concours Un Certain Regard do Festival de Cannes.

Kunuk "é da geração que mudou de mundo em uma vida", disse o diretor de fotografia e co-diretor do filme, Norman Cohen. "Nasceu no mundo antigo, numa espécie de iglu, no tempo que seus pais eram nômades, e a agora vive em outro mundo, do computador, da câmara digital".

O diretor é de Igloolik, pequena ilha do Norte do Canadá, na qual vivem 1.200 pessoas. "Nós nos identificamos um pouco com os zapatistas de Chiapas, pobres mas cheios de vontade de lutar pela preservação do nosso mundo próprio", afirma Cohen, que vive há quinze anos em Igloolik.

O filme conta a história de um pequeno grupo de nômades que pega uma doença desconhecida e a maneira como Atanarjuat, o mais rápido dos caçadores do grupo, enfrenta o filho do chefe, Oki, e conquista a bela Anuat.

Rodada em seis meses com uma câmera digital, Atanarjuat revive as tradições perdidas do povo inuit, evitando cuidadosamente o estereótipo de exótico.

AFP

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