No elenco estão o rapper Ice T, como um gângster racista, além de Drea de Matteo e Lillo Brancato, ambos do seriado sobre a máfia Família Soprano.

O filme traz uma mistura de tradição e religião com crime e redenção. Também há várias cenas de tiroteios e espancamentos, além de falas recheadas de palavrões.

"Se tivéssemos feito um filme sobre uma firma de direito, não teríamos os personagens dizendo "fuck" todo o tempo. Não fizemos esse filme para um público puritano", disse o roteirista Scott Pardo.

"Mas você realmente gostou de dizer isso, não é?", ele perguntou a Matteo, que respondeu: "Sim, gostei".

Ela e Brancato fazem os papéis dos pais -- ela uma porto-riquenha e ele um dominicano -- de uma menina cuidada e protegida na selva de asfalto de Nova York em 1993.

Apesar de parecerem uma família como outra qualquer, eles governam um negócio bem-sucedido de tráfico de drogas, separam a heroína com precisão farmacêutica e a distribuem com a ajuda de uma equipe de traficantes nos bairros nova-iorquinos.

Ferrara disse que Nova York agora está muito diferente de 1993. "Hoje, sob o reinado de Rudolph Giuliani, o conselho municipal tomou conta das ruas novamente, o tráfico diminuiu e mudou", disse o diretor.

"Em 1993, qualquer um sabia que às 15h, em tal prédio, você poderia comprar drogas... No East Village, maconha era vendida em lojas como se fosse café", explicou o diretor, que planeja uma sequência do seu filme Rei de Nova York, de 1990.