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Estrelas e cinema de autor são os destaques de Cannes

Terça, 08 de maio de 2001, 16h29

Nicole Kidman inaugurará o desfile de estrelas do 54º Festival de Cinema de Cannes, que começa amanhã quarta-feira e em cuja seleção oficial destacam-se este ano grandes figuras do cinema de autor, como Godard ou Moretti.

A atriz australiana assistirá à abertura oficial com Ewan McGregor, seu colega de elenco em Moulin Rouge de Baz Luhrmann, que inaugura o Festival. E sua entrada no Palácio dos Festivais será espetacular, posto que na tradicional subida da escada será acompanhada pelas bailarinas do verdadeiro Moulin Rouge, o mítico cabaré parisiense, que se trasladarão a Cannes para a ocasião.

O desfile continuará imediatamente, dado que Charlotte Rampling será a mestra de cerimônias da inauguração, e que Liv Ullmann preside o júri, do qual também faz parte a britânica Julia Osmond.

Depois, o público de Cannes poderá aplaudir Melanie Griffith, que virá com seu marido Antonio Banderas. Espera-se também a chegada de Uma Thurmann, Isabelle Huppert, Emmanuelle Béart, Catherine Deneuve e a bela Laetitia Casta, intérprete de Las almas fuertes do cineasta chileno Raúl Ruiz, que vai encerrar o festival.

Vinte e três filmes de 12 países competem este ano pela Palma de Ouro, em uma seleção cheia de não poucos grandes nomes do cinema, entre eles uma das figuras principais da Nouvelle Vague, Jean-Luc Godard, os italianos Nanni Moretti e Ermanno Olmi, os americanos David Lynch e Joel Coen e o veterano português Manoel de Oliveira.

Cabe assinalar também a grande representação das cinematografias dos Estados Unidos (quatro filmes em competição) e Japão (sete filmes, três deles em competição).

Itália, cuja ausência foi apontada ano passado, ocupa este ano um lugar de honra, com dois filmes em competição, uma homenagem a Vittorio de Sica e um documentário do diretor americano Martin Scorsese sobre o cinema italiano.

No entanto, o cinema latino-americano brilha por sua ausência na competição, estando representado na seleção oficial somente por La Libertad, primeiro longa-metragem do argentino Lisandro Alonso, a ser exibido na seção hors concours Un Certain Regard, e pelo filme de encerramento, produção francesa dirigida pelo chileno Raúl Ruiz.

A nova diretoria do Festival, formada pelo presidente Gilles Jacob, pela diretora-geral Véronique Cayla e pelo delegado artístico Thierry Frémaux, escolheu o slogan da "transmissão" para este Festival de Cannes 2001.

Transmissão do conhecimento e do amor pelo cinema, que será tema de um colóquio internacional a 16 de maio, no qual será exibido um filme-montagem com os melhores momentos das tradicionais lições de cinema do Festival. Este ano a lição será dada por Wong Kar Wai.

Como fecho de ouro do colóquio, Martin Scorsese apresentará Il mio viaggio nel cinema italiano. A grande retrospectiva do festival será dedicada à "Idade de ouro da comédia americana", que será inaugurada com Monsieur Verdoux de Charles Chaplin.

O Festival de Cannes prestará homenagem este ano a Vittorio de Sica, que faria cem anos em 2001, exibindo Milagre em Milão e Ladrões de bicicletas, e aos diretores franceses Claude Sautet e Robert Enrico.

AFP

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