Quarta, 30 de março

Lafayette e os Tremendões

Depois de tocar durante todo o período da Jovem Guarda com os tremendões Roberto e Erasmo Carlos, o tecladista Lafayette ressurge em cena ao lado de novos amantes do bom e velho Rock'n Roll, como os promissores guitarristas Nervoso e Renato Martins (Acabou La Tequila e Canastra), o baterista Marcelo Callado (Canastra), e o baixista Melvin Fleming (Carbona). Nos vocais estão Gabriel Thomaz (Autoramas) e Érika (Penélope Charmosa).

No repertório tem de Roberto, Erasmo e Wanderlea a Leno & Lilian, além de umas coisinhas francesas que Lafayette transformou em sucessos em seus discos nos anos 60.

Depois de marcar a sonoridade das músicas de Roberto Carlos com seu teclado, Lafayette acabou gravando dezenas de discos com seu conjunto, o que o fez adotar exclusivamente esse segundo ofício, já que a agenda do Rei estava cada vez mais demandada. Quando os roqueiros se juntaram para tocar um repertório com canções de Jovem Guarda, resolveram recrutar este verdadeiro ícone pop. O incomparável organista foi achado sabe-se lá como nos cafundós de Niterói e, depois da apresentação de seu "conjunto", recebeu o convite. Aceitou... talvez ou principalmente por ter se identificado com a boa energia da moçada, bem ocupada com seus projetos musicais, mas sempre disposta a uma novidade. O fato é que agora a alegria de poder vibrar ao som de grandes clássicos, raramente ­ ou nunca ­ lembrados pelo Rei, ou mesmo, a turma da Jovem Guarda, que aparece de vez em quando, está de volta. Com a marca registrada de outro rei, o das teclas: Lafayette. Prova disso foi a reação eufórica do público presente no show de estréia de Lafayette e os Tremendões, dividido entre os olhares atentos da garotada que nunca presenciou um show do Rei nos anos dourados e das expressões dos coroas que reviveram momentos inesquecíveis ao som do órgão do Lafa.