Sedutor, 'Gato de Botas' impressiona pelas cenas de dança

Gisele Alquas

Muita coreografia. É que o espectador vai ver em 'Gato de Botas', que estreia dia 9 de dezembro no Brasil. Com direção de Chris Miller (de 'Shrek 3'), o filme impressiona pelas cenas de danças "calientes", que abusam da sensualidade latina - mesmo a animação tendo sido produzida em Hollywood e originalmente em inglês.

O longa conta a história da origem do sedutor Gato de Botas (dublado por Antonio Banderas). Depois de ficar um tempo foragido, acusado injustamente por roubo em sua cidade, San Ricardo, ele reencontra o amigo de infância Humpty Dumpty (Zach Galifianakis), o garoto em formato de ovo. Os dois se juntam à esperta gata Kitty (Salma Hayek) para viver uma grande aventura em busca da gansa que bota ovos de ouro.

'Gato de Botas' é um famoso conto de fadas de autoria do escritor francês Charles Perrault. O personagem foi incluído em três dos quatro filmes da saga 'Shrek' como amigo do protagonista. Chris Miller, que trabalhou nos dois primeiros filmes e dirigiu o terceiro, se tornou fã do felino e quis explorar sua origem antes de ele conhecer o monstro verde.

Desde o primeiro filme de Shrek - a história do ogro feio que mostra que, para ser feliz, não precisa ser perfeito - o Gato de Botas se popularizou não só por sua habilidade em cena, mas pela voz por trás do personagem. Antonio Banderas dubla o felino pela quarta vez e, em parceria com a gata de Salma Hayek, formou uma dupla com falas irresistíveis.

O público adora Shrek e sua turma, mas na hora de criar um cenário para 'Gato de Botas' os produtores buscaram outro lugar que não fossem as florestas e campos. Mesmo assim, decidiram permanecer no mesmo mundo da saga: claro, caloroso e colorido. Apesar de o filme ser lançado em 3D, são raros os efeitos da tecnologia. A qualidade da imagem, porém, é perfeita.

'Gato de Botas' é um mix de drama e comédia. A história é muito bem contada, mas pode não agradar o público se comparada ao fabuloso conto do ogro sensível. O longa foi bem nas bilheterias dos Estados Unidos, talvez pela curiosidade dos fãs que esperavam a autonomia do personagem. Daí a se tornar um fenômeno só se uma sequência interessante for produzida. O que, pelo andar da carruagem, não deve demorar a acontecer.

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