VW Gol se recusa a morrer e vende 10x mais do que o Polo
Marcado para sair de circulação no final deste ano, Volkswagen Gol é o 1º no ranking de vendas, enquanto o Polo é apenas o 39º
O Volkswagen Gol continua mostrando que é um carro querido dos brasileiros a poucos meses de sair de linha. Parece que o Gol se recusa a morrer. Com 5.686 vendas nas primeiras três semanas de junho, o VW Gol deixou o Hyundai HB20 para trás e ocupa o 1º lugar no ranking de carros de passeio. No geral, está em 2º lugar, atrás apenas de outro fenômeno, a picape Fiat Strada.
Considerado “o carro que o Gol deveria ser” caso tivesse ganhado uma nova geração entre 2008 e 2022, o Volkswagen Polo continua patinando nas vendas. Mesmo com uma polêmica campanha publicitária, que chamou a atenção dos consumidores para as qualidades do carro, o Polo vendeu emplacou apenas 170 unidades em junho e ocupa um pífio 39º lugar (sem considerar os comerciais leves).
Na soma do ano, janeiro a junho, o Gol dá um verdadeiro banho no Polo e vende 10x mais: 19.858 unidades contra apenas 1.940. Em maio, o Gol obteve 6.980 vendas e o Polo ficou com apenas 391. Curiosamente, o Gol massacra o Polo na briga interna da Volkswagen apesar de o momento estar mais favorável para a venda de carros com maior valor agregado.
O que prejudica o Polo é justamente o fato de ser um produto novo, pois divide a plataforma MQB com dois SUVs (T Cross e Nivus) e um sedã (Virtus). Já o Gol, em fim de carreira, continua sendo fabricado na antiga plataforma PQ24, usada também por Voyage e Saveiro. Além disso, a Volkswagen concentrou a comercialização do Gol no segmento de vendas diretas, para profissionais autônomos. A fama de carro robusto, que liderou o mercado por 27 anos, ajuda.
O mercado ainda não sabe ao certo se o nome Gol será usado num futuro SUV, no novo ciclo de investimentos (R$ 7 bilhões) da Volkswagen do Brasil. Crescem as apostas de que o nome Gol será mesmo aposentado. Na prática, o substituto do Gol será o Polo Track, já revelado. Porém, as boas vendas do Gol e a falta de reação do Polo colocam uma pulga atrás da orelha de alguns executivos da Volkswagen.
