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Mercedes de corrida de 1956 é o carro mais caro da história

Produzido em 1956, um dos apenas dois Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé pode ter sido vendido pela montadora alemã por quase R$ 725 milhões

16 mai 2022 - 14h22
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Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé pode ter sido vendido por quase R$ 725 milhões
Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé pode ter sido vendido por quase R$ 725 milhões
Foto: Daimler/Divulgação

Qual é o preço da exclusividade no mundo automotivo? Ao que tudo indica, pode chegar a mais de 142 milhões de dólares (cerca de R$ 722 milhões). De acordo com o site britânico Hagerty, esse foi o valor pago por um Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé 1956 que foi vendido pela própria Mercedes em um leilão secreto no início deste mês, na Alemanha. Esse valor tornaria o esportivo alemão o carro mais caro da história.

O valor seria mais do que o dobro pago pelo Ferrari 250 GTO 1963 que venceu o Tour de France, que é oficialmente o carro mais caro do mundo. O esportivo italiano foi vendido em 2018 por 70 milhões de dólares (cerca de R$ 356 milhões). Oficialmente, a montadora alemã não confirma a venda. De acordo com o site britânico, o comprador anônimo seria uma figura bem conhecida da indústria automotiva britânica e um colecionador de carros. 

Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé: velocidade máxima de 290 km/h em 1956
Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé: velocidade máxima de 290 km/h em 1956
Foto: Daimler/Divulgação

Ele também seria um dos menos de 10 colecionadores de carros selecionados pela Mercedes para participarem do leilão em Stuttgart. Isso porque, além do capital necessário para adquirir o Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé, a montadora alemã também pretendia garantir que o novo proprietário seguisse uma série de cuidados e critérios estabelecidos para a conservação do esportivo, incluindo a proibição de revendê-lo a terceiros.

O Mercedes 300 SLR Uhlenhaut teve apenas duas unidades produzidas em 1956, depois da montadora alemã ter saído de competições automobilísticas. Baseado no famoso modelo de corrida Mercedes 300 SLR (W196S), o “Flecha de Prata”, o esportivo troca a carroceria conversível dos modelos de corrida por um teto rígido cupê. O nome Uhlenhaut é uma homenagem ao então chefe do Departamento de Testes da Mercedes, Rudolf Uhlenhaut, que utilizava o carro regularmente. 

Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé e Rudolf Uhlenhaut
Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé e Rudolf Uhlenhaut
Foto: Daimler/Divulgação

Conhecido pelo baixo peso, o Mercedes 300 SLR Uhlenhaut Coupé tinha carroceria de alumínio e chassi tubular de aço. Ele era equipado com um motor 3.0 de oito cilindros em linha de 302 cv e atingia uma velocidade máxima de 290 km/h (180 mph), sendo um dos carros mais rápidos do mundo nos anos 1950.

Projetado em 1954, o Mercedes 300 SLR era uma evolução do modelo 300 SL que acompanhou Fangio no título da Fórmula 1 de 1954. Ele estreou na prova Mille Miglia de 1955, realizada na Itália. Nessa prova, foram inscritos os pilotos Stirling Moss, Juan Manuel Fangio, Karl Kling e Hans Hermann. O resultado foi uma dobradinha com Stirling Moss em primeiro e Fangio em segundo. 

De acordo com a Hagerty, a unidade vendida teria o chassi número 0008/55. Com isso, ele seria o segundo e último dos cupês produzidos pela Mercedes em 1956. Vale lembrar que, após um acidente nas 24 Horas de Le Mans em 1955 – que causou a morte de 84 pessoas, incluindo o piloto francês Pierre Levegh, que pilotava o 300 SLR – a Mercedes se afastou das pistas por quase 30 anos, até os anos 1980.

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