Winamp deve renascer como uma espécie de "OnlyFans musical"
A ideia é permitir a distribuição de conteúdos exclusivos para os assinantes, como videoclipes, canções inéditas, fotografias e outros materiais
O Winamp deve mesmo ressurgir como uma plataforma digital para músicos distribuírem, promoverem e lucrarem com seu trabalho. Embora a premissa seja similar aos serviços existentes, a proposta do Winamp deve pender mais para o lado de um Patreon, ou de um "OnlyFans musical", se preferir, do que em um tocador de músicas tradicional ou de um streaming.
- Clássico tocador de músicas, Winamp pode retornar como um serviço de streaming
- Skin clássica do Winamp será vendida como NFT, mas por uma boa causa
Atual detentora dos direitos do software, a Radionomy decidiu emplacar o novo Winamp no mercado musical como uma plataforma de monetização voltada para artistas se conectarem aos fãs. Ainda não se sabe exatamente o que esperar, já que o site oficial deixa um certo ar de mistério, mas dá a entender a existência de um serviço de assinatura para entusiastas.
Essa assinatura deve contemplar mais que músicas exclusivas, permitindo também fotos, vídeos e outros materiais criados especificamente para os pagantes. Poderão existir níveis diferentes de patrocínio para desbloquear mais ou menos conteúdo, conforme o valor pago.
Taxas também devem ser menores para atrair interessados e impulsionar o lançamento. O Winamp promete um sistema de acompanhamento do lucro para uma receita previsível, assim os artistas podem ter mais "estabilidade financeira" para se concentrar na criação do conteúdo.
Músicos e bandas já podem se cadastrar
O serviço está com convites abertos para artistas interessados em testar o Winamp em primeira mão — somente os 25 mil primeiros interessados serão contemplados. Os escolhidos terão um ano de acesso gratuito às ferramentas, bem como um passe de criador para garantir vantagens exclusivas como tokens e artes digitais.
Pelo que parece, o Winamp será integrado à assinatura de Spotify, Apple Music, YouTube Music e demais. Segundo os criadores, o foco é entregar um "superaplicativo de música" com a possibilidade até de integrar videoclipes do YouTube e vender suas coleções de NFTs.
Há ainda a promessa de suporte a podcasts de música e estações de rádio favoritas. Se for assim, é possível que o serviço torne-se um centralizador de mídias de voz, algo parecido ao que o Google TV faz com os serviços de streaming de vídeo, porém com indo um pouco além.
Ressurgimento do Winamp
É claro que um reprodutor de arquivos deve estar presente, porém com outras funcionalidades além de tocar arquivos locais em MP3 do seu computador. Recentemente, a empresa dona do Winamp levou o aplicativo para a versão 5.9 RC1 Build 9999, que chega após quatro anos. O Winamp 5.8 havia sido lançado em 2018 e desde então havia um hiato causado pela equipe reduzida e pandemia da covid-19.
O serviço de criação e o software reformulado podem ajudar o Winamp a ter alguma atenção novamente. É difícil falar em download de músicas para ouvir no computador em pleno 2022, diferentemente do que ocorria nas décadas de 1990 e 2000. O Winamp foi um divisor de águas a partir de 1997, porque incorporou um player de mídia rápido, versátil e com skins para atrair cerca de 80 milhões de usuários no mundo.
Hoje, serviços de streaming são os dominantes, mas a maioria só deixa as pessoas escutarem suas playlists pelo aplicativo ou site proprietário. Se o Winamp conseguir centralizar as plataformas e possibilitar a reprodução direto do desktop, pode até voltar a ser o queridinho de muita gente.
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