Conheça os riscos ocultos quando você vende a sua íris
A recente iniciativa de escaneamento de íris em troca de criptomoedas, liderada pela empresa Tools for Humanity (responsável pelo WorldCoin), tem gerado debates acalorados no Brasil. Com mais de 500 mil voluntários cadastrados apenas em São Paulo, o projeto promete criar identidades digitais à prova de fraudes, mas especialistas em segurança digital e proteção de dados alertam para riscos permanentes que desafiam a aparente simplicidade da transação.
A tecnologia em questão utiliza scanners para capturar padrões únicos da íris humana, convertendo-os em códigos biométricos irreplicáveis. Embora a empresa afirme que os dados são criptografados e armazenados de forma segura, a natureza permanente dessas informações representa o primeiro grande perigo: diferentemente de senhas ou documentos físicos, os dados biométricos não podem ser alterados em caso de vazamento. Esse risco se agrava quando consideramos que o sistema já foi proibido na Alemanha, Espanha e Portugal por coleta inadequada de dados sensíveis, incluindo registros de menores sem autorização.
Assista ao vídeo com Adilson Alves da Cruz, gestor de serviços da Gateware.