PUBLICIDADE

Vacinas da Pfizer e da Moderna são seguras para grávidas, diz grande estudo

Pesquisa canadense companhou mais de 190 mil mulheres e confirmou que as vacinas de mRNA contra a covid-19 são seguras para o uso em pacientes gestantes

12 ago 2022 - 12h27
(atualizado às 15h36)
Compartilhar
Exibir comentários

Após acompanhar mais de 190 mil mulheres que foram vacinadas ou não contra a covid-19, uma equipe de pesquisadores canadenses concluiu que os imunizantes da Pfizer e da Moderna — que usam a tecnologia do mRNA (RNA mensageiro) — são seguros para grávidas. Curiosamente, mulheres grávidas vacinadas relataram menos efeitos adversos que aquelas que foram imunizadas, mas não eram gestantes.

Publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases, o estudo sobre o impacto das vacinas de mRNA contra a covid-19 em mulheres grávidas foi liderado por pesquisadores da Rede Nacional de Segurança de Vacinas do Canadá (Canvas). Esta é uma das investigações mais abrangentes já feitas sobre o tema na pandemia do coronavírus SARS-CoV-2.

Foto: Prostock-studio/envato / Canaltech

"As vacinas de mRNA contra a covid-19 têm um bom perfil de segurança na gravidez. Esses dados podem ser usados para informar adequadamente as gestantes sobre a reatogenicidade [capacidade do imunizante gerar reação adversa] das vacinas durante a gravidez", afirmam os autores do estudo.

Entenda o estudo sobre a vacina da Pfizer e da Moderna

No estudo, foram incluídas 191 mil mulheres, de 15 a 49 nos, como voluntárias. Todas moravam em alguma região do Canadá. As participantes do estudo foram divididas em três grupos:

  • Mulheres grávidas vacinadas com a fórmula da Pfizer ou da Moderna;
  • Mulheres grávidas que não foram vacinadas;
  • Mulheres que não estavam grávidas, mas foram imunizadas com vacina da Pfizer ou da Moderna.

A partir de questionários, os pesquisadores acompanharam quais sintomas e qualquer outro evento que relacionasse a saúde cada uma das pacientes relatou por até dias após a aplicação de cada dose da vacina.

Nos relatórios, era considerado um "evento de saúde significativo" algo que foi suficiente para fazer com que a participante faltasse à escola/trabalho, necessitasse de consulta médica e/ou impedisse de realizar as atividades diárias nos sete dias anteriores.

Agora, por "evento de saúde grave", os autores da pesquisa definiram como qualquer evento que resultasse em uma visita ao departamento de emergência e/ou hospitalização nos sete dias seguintes ao processo de imunização.

Quais os efeitos adversos das vacinas em grávidas?

No estudo, 4,0% (226 de 5.597) das mulheres grávidas que receberam a vacina de mRNA relataram um evento de saúde significativo dentro de sete dias após a primeira dose. Depois da segunda dose, a porcentagem subiu para 7,3% (227 de 3.108). Nestes momentos, os efeitos adversos mais comuns foram:

  • Sensação geral de mal-estar;
  • Dor de cabeça ou enxaqueca;
  • Infecção do trato respiratório.

Do outro lado, 3,2% (11 de 339) das participantes grávidas não vacinadas relataram eventos semelhantes nos sete dias anteriores à conclusão da pesquisa. Agora, no grupo de controle — mulheres que não estavam grávidas, mas foram vacinadas —, 6,3% (10.950 de 174.765) relataram algum evento de saúde significativo na semana após a primeira dose. Após a segunda dose, a porcentagem subiu para 11,3% (10.254 em 91.131).

Pensando exclusivamente nos efeitos adversos graves, estes foram raros em todos os grupos e corresponderam a menos de 1%. Segundo os autores, ocorreram em taxas semelhantes em grávidas vacinadas, não grávidas vacinadas e controles não vacinados após a primeira e a segunda dose.

Fonte: The Lancet Doenças Infecciosas  

Trending no Canaltech:

Canaltech
Compartilhar
Publicidade
Publicidade