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Nova terapia usa smartphone para tratar zumbido no ouvido

O zumbido no ouvido pode impactar seriamente o bem-estar de uma pessoa, mas 65% dos participantes de uma terapia com um app notaram a diminuição do problema

15 ago 2022 - 19h21
(atualizado às 22h30)
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Em um estudo publicado na revista Frontiers in Neurology, pesquisadores descreveram a descoberta de uma terapia baseada em smartphone para tratar o zumbido no ouvido. Nesse tipo de tratamento, a pessoa ouve uma variedade de sons por meio de fones de ouvido Bluetooth e fornece feedback ao aplicativo em si.

Segundo o estudo, a terapia é responsável por reconectar o cérebro de uma maneira que reduz o zumbido a um ruído de fundo que não tenha significado ou relevância para o ouvinte. Para testar a eficácia desse tipo de tratamento, os pesquisadores reuniram 61 pessoas com zumbido e as dividiram em dois grupos: 31 pessoas usaram a nova abordagem (chamada politerapêutica digital), enquanto as 30 restantes usaram um aplicativo de ruído branco.

Após 12 semanas, os autores notaram que o grupo politerapêutico experimentou melhorias clinicamente significativas, enquanto o outro grupo não. Na prática, 65% dos participantes que receberam a terapia relataram uma melhora. A equipe por trás do estudo estima que o método "provavelmente terá um impacto direto no futuro tratamento do zumbido".

Zumbido no ouvido

Foto: Sam/Unsplash / Canaltech

O zumbido é a percepção de um ruído insistente nos ouvidos. Para alguns, pode ser crônico e aparecer sem motivo aparente. Como os pesquisadores observam no artigo, a gravidade do zumbido é "uma interação complexa entre detecção do sinal, presença de som externo e influências de atenção, memória e emoção". O estudo também diz que fatores psicossociais, incluindo personalidade e ambiente, afetam a expressão e o grau de gravidade do zumbido.

Dada a sua complexidade, o zumbido crônico pode ser difícil de tratar, e também pode ter um enorme impacto no bem-estar de uma pessoa. Justamente com isso em vista, os pesquisadores buscam realizar testes mais amplos. A ideia é que o aplicativo possa se tornar clinicamente disponível em cerca de seis meses.

Fonte: Frontiers in Neurology via IFL Science

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