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Nossa percepção sobre rostos registrados em vídeo muda com a idade

Adultos dão mais importância à centralização de um rosto em vídeo. Pessoas com autismo desviam mais o olhar dos rostos, e esse conhecimento ajuda a diagnosticar

18 ago 2022 - 13h03
(atualizado às 15h27)
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A percepção sobre rostos registrados em vídeo muda com a idade, conforme destaca um estudo publicado na revista científica Infancy. Os cientistas destacam as mudanças relacionadas à centralização de um rosto em tela, ou seja, quando a pessoa filmada está no meio da cena.

Como bebês, crianças e adultos diferem na forma de ver os rostos em um vídeo? Foi com essa pergunta em mente que os pesquisadores selecionaram 79 crianças e 20 adultos para protagonizar alguns experimentos.

Os cientistas descobriram que, com a idade, a importância da centralização de um rosto aumenta. Para chegar a isso, a equipe explorou dois fatores: a saliência do rosto, que é o grau em que um rosto se destaca da cena ao redor, e a centralização.

"Descobrimos que o que se desenvolve com a idade é como os espectadores usam a centralização como uma dica. Adultos olham para rostos que estão centrados na tela provavelmente porque aprenderam com a idade que os diretores de televisão nos mostram personagens importantes centrados na visão. Mais trabalho é necessário para entender o que impulsiona o surgimento da centralização como uma sugestão para olhar o rosto", apontam os autores do estudo.

Foto: Jenny Ueberberg/Unsplash / Canaltech

Os pesquisadores usaram os dados de movimento dos olhos dos participantes para determinar a influência da saliência e centralização como dicas para a aparência do rosto e se a influência dessas dicas mudou com a idade.

Conforme defendem os autores do estudo, compreender o que influencia a atenção aos rostos na mídia de vídeo tem várias aplicações. Os adultos são mais sensíveis a diferentes tipos de informações sobre rostos em programas de televisão em comparação com bebês.

Além disso, esse conhecimento tem implicações para o desenvolvimento de técnicas voltadas a diagnosticar o transtorno do espectro do autismo (TEA). "As pessoas com TEA parecem olhar com menos frequência para rostos em telas em comparação com outos participantes. Saber como a centralização do rosto molda o comportamento e como ele muda com a idade pode ser importante para projetar melhores testes de diagnóstico".

Fonte: Infancy via Medical Xpress

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