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Marvel finalmente revela as origens do Aranhaverso

Depois de mais de 20 anos do nascimento do arco original que inspirou o Aranhaverso, a Marvel finalmente explica a origem do "Multiverso Aranha"

18 ago 2022 - 23h42
(atualizado em 19/8/2022 às 12h18)
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Quem se divertiu com Homem-Aranha: No Aranhaverso talvez não saiba que a premissa de várias versões do herói na mesma Terra ou espalhados pelo Multiverso Marvel tenha nascido de um conceito inicialmente meio forçado — e que nunca tinha sido bem resolvido. Eis que a Casa das Ideias finalmente resolveu explicar direito as origens do Aranhaverso, mais de 20 anos depois do arco que o começou.

Atenção! Contém spoilers de Edge of the Spider-Verse #2

Quando assumiu a revista Amazing Spider-Man, em 2001, o roteirista J. M. Straczynski introduziu os Totens-Aranha, que seriam ligados à força ancestral conhecida como Teia da Vida e do Destino. Inicialmente isso só serviu para dizer que os poderes do Homem-Aranha têm uma origem que vai além de um acidente com a picada de uma aranha radioativa.

Depois que o roteirista Dan Slott brincou com quatro Homens-Aranha de diferentes realidades trabalhando juntos no game Spider-Man: Shattered Dimensions, em 2010, ele aproveitou para explorar a ideia nas revistas do herói — Slott era o roteirista principal da linha do aracnídeo na época. Assim, em 2014, o escritor lançou o evento Aranhaverso nos quadrinhos, apresentando vilões multiversais e várias versões do Amigão da Vizinhança.

Assim, Slott reuniu na trama novos personagens, como a Spider-Gwen, com outras versões do Homem-Aranha já vistas em histórias anteriores, a exemplo do Homem-Aranha Noir e do Homem-Aranha do especial 1602, criado por Neil Gaiman. Contudo, nem a trama das HQs de Aranhaverso, ou sua sequência, Aranhagedom, explicaram exatamente o que seria a Teia da Vida e do Destino, e seu criador, a divindade aracnídea chamada Grande Tecelão.

Aranhaverso finalmente tem suas origens reveladas

Eis que Edge of the Spider-Verse #2, lançado nesta semana, Slott decide explicar todo o mistério. A Teia da Vida e do Destino foi criada por Neith, uma deusa anciã da Terra-001, o mundo onde está a construção física da Teia. Ela é filha de Gaia e Oshtur e irmã de Shathra, uma deusa parecida com uma vespa que já apareceu como uma vilã do Homem-Aranha.

Gaia e Oshtur deixam para Shathra a tarefa de projetar o "mapa celestial da humanidade", uma construção cósmica que traçará todo o seu destino. Mas a colmeia criada por Shathra é ofuscada pela criação de Neith, uma teia que deixa à humanidade seu livre arbítrio. Assim, a Teia da Vida e do Destino de Neith é colocada no centro do universo, e as aranhas ancestrais dos Totens-Aranha ficam responsáveis por supervisionar a estrutura e consertar seus fios.

A Teia da Vida e do Destino serve como um mapa que traça o destino da humanidade; e os Totens-Aranha têm a capacidade de viajar de um fio (ou universo) para outro, por conta de seu dever cósmico de manter a integridade da criação de Neith.

Foto: Marvel / Canaltech

A explicação é bastante viajada, e ainda não se integra de forma convincente e cronologicamente adequada às forças, deuses e totens que já apareceram na cronologia da Marvel anteriormente. Neith até aparece na história ao lado de Khonshu e Bast, avatares das entidades que energizam o Cavaleiro da Lua e o Pantera Negra, respectivamente. Mas ainda soa um pouco forçado.

De qualquer forma, a explicação da origem do Aranhaverso está aí — e dá ao Homem-Aranha e suas versões um papel maior na mitologia da Casa das Ideias. Esperamos que isso seja melhor destrinchado no cânone da Marvel ao longo dos próximos anos.

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