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Jogar videogame pode não ser tão prejudicial quanto se pensava

Além de entrevistar os participantes três vezes através de um questionário, os cientistas também analisaram os dados fornecidos pelas próprias empresas gamers

28 jul 2022 - 20h12
(atualizado em 29/7/2022 às 08h51)
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Por muito tempo, jogar videogame foi associado a prejuízos para a saúde. No entanto, segundo um novo estudo de Oxford (publicado na revista Royal Society Open Science), essa atividade não afeta o bem-estar. Para chegar a essa afirmação, os cientistas acompanharam a rotina de 40 mil jogadores durante seis semanas.

Além de entrevistar os participantes três vezes através de um questionário, os cientistas também analisaram os dados fornecidos pelas próprias empresas de videogame, o que tornou a coleta das informações mais precisa.

Na prática, o estudo mediu o bem-estar usando duas ferramentas: a escala de experiências positivas e negativas, que pede às pessoas que classifiquem com que frequência experimentaram sentimentos como "alegria" e "medo", e a escala de satisfação pessoal. Os cientistas também avaliaram a experiência dos participantes com jogos específicos, sua percepção de autonomia e suas motivações para jogar.

Foto: Jeshoots/Unsplash / Canaltech

Por meio dessa análise, os cientistas de Oxford descobriram que passar mais ou menos tempo jogando não impacta negativamente a saúde mental. O papel que o videogame tenha em distorcer o bem-estar e mostrou "pequeno" e "irrelevante", conforme diz o artigo.

Segundo o estudo, esse impacto reside nas motivações das pessoas para jogar. Para se ter uma noção, quando as pessoas jogavam espontaneamente, seu bem-estar era melhor do que quando essas pessoas se sentiam obrigadas de alguma forma (para agradar alguém, por exemplo).

Um estudo recente chegou a apontar que jogar videogame pode aprimorar algumas regiões do cérebro, mas ainda há uma longa trajetória pela frente, até que os pesquisadores tenham certeza sobre os impactos dessa atividade na saúde mental das pessoas.

Fonte: Royal Society Open Science via The Guardian

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