Inteligência artificial antecipa sintomas de sepse e reduz chances de morte
Quanto mais rápido a sepse for descoberta, melhores serão as chances de sobrevivência do paciente, por isso a detecção precoce dos sintomas é essencial
Cientistas desenvolveram uma inteligência artificial capaz de detectar com antecedência os sintomas de sepse, reduzindo a probabilidade de morte em 20% nos pacientes com alto risco. As informações foram publicadas na revista científica Nature Medicine. Na prática, o sistema vasculha registros médicos para prever complicações.
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A sepse acontece quando uma infecção desperta uma reação em cadeia em todo o corpo. A inflamação pode levar a coágulos sanguíneos e vazamento de vasos sanguíneos, além de resultar na falência de órgãos. No entanto, a doença passa despercebida com facilidade, porque seus principais sintomas (como febre, por exemplo) são comuns em outras condições.
Outro alerta é que, quanto mais rápido a doença for descoberta, melhores serão as chances de sobrevivência do paciente. Conforme diz o artigo, uma das maneiras mais eficazes de melhorar os resultados é a detecção precoce e os tratamentos corretos em tempo hábil, mas historicamente esse tem sido um desafio difícil.
A inteligência artificial desenvolvida pelos cientistas rastreia os pacientes desde a chegada ao hospital até a alta, garantindo que informações críticas não sejam negligenciadas. Durante o estudo, mais de 4 mil médicos usaram o sistema no tratamento de 590 mil pacientes. O sistema também analisou 173.931 casos anteriores.
A invenção foi precisa em quase 40% das vezes, e nos casos de sepse mais graves, em que uma hora de atraso é a diferença entre a vida e a morte, a inteligência artificial detectou em média quase seis horas antes dos métodos tradicionais.
Tendo em mente o sucesso da inteligência artificial, a equipe foi além da sepse e também adaptou a tecnologia para identificar pacientes em risco de úlcera de pressão (escara) e aqueles em risco de deterioração súbita causada por sangramento, insuficiência respiratória aguda e parada cardíaca.
Fonte: Nature Medicine via Futurity
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