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Fungo na garganta fez homem ficar rouco por mais de um ano

Sem identificar a origem do quadro, paciente dos EUA ficou rouco por mais de um ano. A causa da rouquidão era um fungo que crescia apenas em sua laringe

5 ago 2022 - 18h06
(atualizado às 20h15)
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Sem saber que um fungo crescia em sua laringe, um homem foi ficando cada vez mais roco, enquanto sua voz se tornava estridente e áspera. Por mais de um ano, o norte-americano de 60 anos conviveu com esses sintomas, desconhecendo por completo a causa de sua condição.

Publicado na revista científica JAMA Otolaryngology - Head & Neck Surgery, o relato de caso do homem rouco foi de autoria da equipe médica do Geisinger Medical Center, localizado no estado da Pensilvânia, nos EUA. Segundo os autores, antes de ser atendido no local, o paciente teria recebido apenas tratamento para asma, mas não obteve nenhuma melhora no quadro de rouquidão.

Foto: MariaSiurt/Envato / Canaltech

Qual era o estado de saúde do homem rouco?

Após 12 meses vivendo com a voz rouca, os médicos do Geisinger Medical Center contam que o estado geral de saúde do paciente era bom. Além disso, o paciente "negava histórico de disfagia, odinofagia, febre, perda de peso não intencional, tosse ou sintomas de refluxo", o que poderia ajudar no diagnóstico de sua doença.

Sem apresentar outros sintomas que não fosse a voz, o homem também não tinha passado por nenhuma cirurgia recente, nunca tinha fumado e nem foi exposto à radiação, de forma consciente. Como não havia qualquer indicador extra, a equipe médica realizou uma videoestroboscopia — um tipo de exame de imagem — e também foi feita uma biópsia do tecido da laringe.

Qual fungo crescia em sua laringe?

No exame de imagem, foi possível confirmar que toda a região da laringe estava inchada e que passava por um intenso processo inflamatório. Através da biópsia, a equipe médica descobriu que o fungo Blastomyces dermatitidis, que causa a blastomicose, crescia na região da sua garganta.

De forma geral, o B. dermatitidis cresce em ambientes externos, como regiões com solo úmido e com materiais orgânicos (madeira e folhas) em decomposição, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Apesar deste organismo viver em ambientes externos, os esporos do fungo podem ser inalados, o que causa doenças em alguns picantes. Quando o indivíduo é imunossuprimido, há risco do fungo se espalhar pelos pulmões, podendo chegar até o sistema nervoso central, comenta o CDC.

No entanto, o fungo cresceu apenas na laringe do paciente norte-americano. "A blastomicose laríngea, relatada pela primeira vez em 1918, é uma manifestação extrapulmonar rara", afirmam os autores do relato médico. Atualmente, o paciente foi medicado, se livrou do fungo e já recuperou a sua voz.

Fonte: Jama Network e Live Science   

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