Covid-19 reduz em 50% o risco de resfriado comum
Um novo estudo da University of Minnesota (EUA) mostra que a exposição anterior à covid-19 pode reduzir riscos de um resfriado comum posteriormente em 50%
A pessoa que teve covid-19 anteriormente pode estar mais protegida dos resfriados comuns. É o que expõe um artigo da Science Translational Medicine, publicado na última quarta-feira (12). Além do SARS-CoV-2 e de outros coronavírus altamente patogênicos, os humanos podem ser infectados pelos chamados coronavírus endêmicos (eCoVs), uma das causas do resfriado comum.
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Três coronavírus podem causar doenças graves e fatais em humanos: MERS-CoV, SARS e SARS-CoV-2. Mas quatro eCOVs normalmente causam doenças respiratórias leves e sintomáticas. Segundo o artigo conduzido pelos especialistas da University of Minnesota (EUA), representam 15% a 30% dos resfriados comuns.
O estudo teve a participação de 4.935 pessoas que se apresentaram para avaliação clínica para doenças respiratórias de novembro de 2020 a outubro de 2021 no Boston Medical Center.
Embora exista semelhança entre o SARS-CoV-2 e muitos eCoVs, o grau de proteção cruzada entre os dois não foi totalmente esclarecido pela ciência. Esse questionamento justamente serviu como base para o estudo.
Metade do risco de resfriados sintomáticos
Para o estudo, os participantes foram agrupados em três categorias: infecção anterior por covid-19 (501 participantes), vacina anterior contra covid-19, mas sem infecção conhecida (1.565) e sem exposição ao antígeno SARS-CoV-2 (sem infecção ou vacinação anterior: 2.869).
A partir da análise, os autores compreenderam que a incidência de infecção sintomática por eCoV foi significativamente menor naqueles com infecção prévia por SARS-CoV-2 e sem vacinação em comparação com os indivíduos que foram considerados totalmente vacinados, mas não tinham infecção prévia conhecida por SARS-CoV- 2.
Os pesquisadores também citam no estudo que as células T CD8 + (um tipo de célula do sistema imunológico) respondem especificamente a duas proteínas de um tipo de eCoV apenas em pessoas que já tinham sido infectadas antes. Isso sugere que essas respostas das células T CD8 + a proteínas comuns entre diferentes coronavírus podem ajudar a proteger contra vários tipos de coronavírus.
Para resumir: a incidência de infecção sintomática por eCoV foi significativamente menor naqueles com infecção prévia por SARS-CoV-2 e sem vacinação. Enquanto isso, a infecção anterior por covid-19 foi associada a uma redução de quase 50% no risco de um futuro eCoV sintomático durante o período de acompanhamento de mais de 120 dias.
"As nossas observações têm implicações importantes para futuras vacinas e outras estratégias de prevenção de doenças", concluem os autores.
Fonte: Science Translational Medicine, University of Minnesota
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