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Qual a diferença entre bólido e "bola de fogo"?

Meteoros extremamente brilhantes são geralmente apelidados de bolas de fogo ou bólidos. Mas qual a diferença entre esses termos?

8 ago 2022 - 13h15
(atualizado às 14h51)
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O que são os bólidos e as "bolas de fogo" que, às vezes, são mencionados em vídeos e imagens divulgados na internet? Ambas as palavras se referem a meteoros que brilham no céu, mas cada um dos termos descreve um tipo bem específico de brilho.

Foto: Marcelo Zurita/BRAMON/Clima ao Vivo / Canaltech

Quando um meteoro é muito claro, geralmente acima da magnitude -4 (mais ou menos o mesmo brilho de Vênus, o segundo objeto mais brilhante no céu noturno), os astrônomos o chamam de "bola de fogo". Às vezes, eles são vistos até mesmo durante a manhã ou final da tarde — assim como o próprio planeta Vênus.

Milhares de bolas de fogo atravessam a atmosfera da Terra todos os dias, mas a grande maioria sobrevoa os oceanos e regiões desabitadas. Muitos também ocorrem durante o dia, quando não podemos observá-los.

Mesmo durante a noite é difícil serem vistos, porque, normalmente, as pessoas não estão olhando para o céu quando o brilho ocorre. Além disso, quanto mais brilhante a bola de fogo, mais raro é o evento. Em outras palavras, há poucas chances de encontrarmos um deles acima de nossas cabeças.

De acordo com o American Meteor Society (AMS), observadores experientes podem ver apenas cerca de 1 bola de fogo de magnitude -6 (quanto menor o número, maior o brilho) a cada 200 horas de observação de meteoros. Uma bola de fogo de magnitude -4 pode ser vista uma vez a cada 20 horas ou mais de observação.

Já os bólidos são um tipo especial de bola de fogo que gosta de uma entrada mais dramática. Eles explodem com um "flash" mais notável no final de sua queda rumo à superfície, muitas com um estrondo sônico. Quando bólidos ocorrem acima de regiões habitadas, são mais fáceis de serem notados devido a todo este "estardalhaço".

Bólidos geralmente são muito brilhantes, acima da magnitude -8, penetrando a atmosfera em um ângulo de cerca de 45 graus ou mais (em relação ao observador). Isso significa que, embora seja possível, é pouco provável o bólido ocorrer acima ou próximo ao horizonte. O estrondo sônico costuma chegar aos nossos ouvidos 1,5 a 4 minutos após a explosão visual do bólido.

Há outra forma de estrondo relacionado às bolas de fogo — o som "eletrofônico", que ocorre praticamente ao mesmo tempo em que o brilho explode no céu. Os sons relatados variam de estática sibilante a sons de estalo. Segundo o AMS, isso ocorre quando a testemunha está localizada perto de algum objeto de metal no momento que ocorre a bola de fogo.

Apesar dos relatos, os sons eletrofônicos nunca foram validados cientificamente e sua origem é desconhecida. A hipótese mais comum é que o fenômeno esteja relacionado a supostas emissões de ondas de rádio de frequência ultra baixa, por parte da bola de fogo. Essa explicação ainda não foi verificada.

Fonte: American Meteor Society

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