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OSIRIS-REx conseguiu mais amostras do Bennu do que a NASA esperava

Os cientistas queriam coletar pelo menos 60 g de amostras do asteroide Bennu, mas a NASA revelou que há mais de 70 g de material na parte externa da cápsula

25 out 2023 - 14h40
(atualizado às 18h04)
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A sonda OSIRIS-REx, da NASA, coletou mais amostras do asteroide Bennu do que os cientistas esperavam. Em uma publicação, a equipe da missão explicou que a sonda deveria ter obtido 60 gramas de amostras da rocha espacial, mas eles já removeram 70,3 gramas da cápsula — isso sem nem mesmo abrirem a tampa dela!

Foto: NASA/Erika Blumenfeld/Joseph Aebersold / Canaltech

De acordo com a publicação, as amostras processadas até o momento incluem rochas e poeiras encontradas na parte externa do componente que armazena o restante. "O material adicional remanescente dentro do amostrador, chamado Touch-and-Go Sample Acquisition Mechanism ou TAGSAM, está programado para ser removido mais tarde, aumentando o total da massa", explicaram os cientistas da missão.

Equipe da OSIRIS-REx removendo o TAGSAM (Imagem: Reprodução/NASA/James Blair)
Equipe da OSIRIS-REx removendo o TAGSAM (Imagem: Reprodução/NASA/James Blair)
Foto: Canaltech

A quantidade de amostras maior que aquela esperada inicialmente tem relação com o procedimento da coleta delas, feita em 2020. Na ocasião, a OSIRIS-REx se aproximou da superfície do asteroide Bennu e a tocou brevemente; em seguida, ela disparou um jato de nitrogênio pressurizado, que levantou poeira e detritos.

Na época, a NASA esperava que o procedimento seria suficiente para a coleta de pelo menos 60 gramas de amostras, mas tiveram uma surpresa: a estrutura do Bennu é feita de partículas tão desagrupadas que, quando o braço de coleta da sonda entrou em contato com o asteroide, vários fragmentos e detritos foram liberados.

Por isso, a equipe vai descobrir a quantidade exata de amostras obtidas somente quando abrirem o TAGSAM, tão bem selado que a tarefa não vai ser fácil. O dispositivo tem mais de 30 estruturas que o mantém fechado, e duas delas só podem ser abertas com ferramentas específicas.

Amostras do Bennu no lado externo do coletor; o material principal está dentro desta estrutura (Imagem: Reprodução/NASA/Erika Blumenfeld & Joseph Aebersold)
Amostras do Bennu no lado externo do coletor; o material principal está dentro desta estrutura (Imagem: Reprodução/NASA/Erika Blumenfeld & Joseph Aebersold)
Foto: Canaltech

Além disso, o componente precisa ser aberto em uma caixa selada e limpa com um fluxo ativo de nitrogênio, acessada por meio de luvas. Estes recursos são necessários para minimizar a contaminação das amostras, e qualquer ferramenta que for usada para abri-lo precisa de aprovação.

Ainda vai levar algumas semanas até encontrarem uma forma segura de abrir a o TAGSAM. Segundo a NASA, 25% das amostras vão ser distribuídas a mais de 200 cientistas, enquanto 4% e 0,5% delas vão ficar com as agências espaciais do Canadá e Japão, respectivamente. Os 70% restantes vão ser armazenados no Centro Espacial Johnson.

Fonte: NASA

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