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Novo pacote de dados da missão Gaia inclui observações de 60 mil asteroides

Pela primeira vez o Gaia obteve dados do espectro de asteroides, o que deve ajudar os cientistas a entender melhor a origem e evolução do Sistema Solar

1 ago 2022 - 18h12
(atualizado às 20h18)
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A Agência Espacial Europeia (ESA) liberou em 13 de junho o terceiro catálogo de dados da missão Gaia (Gaia Data Release 3, ou DR3), dando aos astrônomos acesso a informações sobre 60 mil asteroides, aproximadamente. São medições que podem ajudar a determinar sua composição e identificar quais deles permanecem "intocados" desde a época da formação dos planetas do Sistema Solar.

O novo conjunto de dados inclui 10 vezes mais informações sobre asteroides do Sistema Solar. Embora a missão do Gaia tenha como foco as estrelas e outros objetos da Via Láctea, algumas rochas espaciais bem mais próximas da Terra aparecem em seu campo de visão com cerca frequência.

Em comparação com o segundo catálogo de dados, o terceiro conjunto representa um grande aumento no número de "encontros próximos" entre rochas espaciais rastreadas pela missão. Essa é a primeira vez que o Gaia coleta informações do espectro de asteroides, o que ajudará a entender melhor a origem e evolução do Sistema Solar.

Ao observar todo o céu com observações repetidas, o Gaia registra as posições das estrelas e identifica como os objetos mudam ligeiramente ao longo do tempo. O movimento das estrelas é bem sutil, porque elas estão bem distantes de nós, mas com os asteroides é diferente.

Quando o Gaia detecta uma fonte de luz fraca movendo-se muito rapidamente pelo campo de visão, o objeto é visto em apenas uma imagem antes de desaparecer. Isso indica que o corpo está muito mais próximo da Terra e que provavelmente se trata de um asteroide.

Muitas rochas espaciais passam por alterações químicas ao longo dos bilhões de anos na órbita do Sol, mas alguns deles estão longe da nossa estrela o suficiente para preservar suas composições originais. Estes objetos são importantes para o estudo sobre a infância do Sistema Solar.

Fonte: Space.com

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