Confirmado: lixo espacial encontrado em fazenda na Austrália é da SpaceX
Informação foi divulgada pela Agência Espacial Australiana. População foi orientada a não tocar ou recolher novos detritos, se encontrá-los
A Agência Espacial Australiana (ASA) confirmou que os objetos encontrados em fazendas em Nova Gales do Sul, na costa leste do país, pertencem ao compartimento de cargas de uma nave Crew Dragon, da SpaceX. Neste sábado (30), especialistas da agência espacial visitaram o local onde os fazendeiros Mick Miners e Jock Wallace encontraram os detritos.
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De acordo com informações da mídia local, o objeto entrou na atmosfera no dia 9 de julho, causando um forte som ouvido em Snowy Mountains, Albury, Wagga Wagga e Canberra. Dias depois, o fazendeiro Miners encontrou alguns dos destroços em uma área de sua propriedade — entre os fragmentos, estava uma peça com quase três metros de extensão, fincada no solo como um obelisco.
Um representante da ASA afirmou que a agência continua trabalhando com parceiros nos Estados Unidos, membros da comunidade e autoridades locais, conforme for apropriado. "Se a comunidade encontrar mais detritos suspeitos, não devem tentar manipular ou recuperá-los", alertou.
Brad Tucker, astrofísico da Universidade Nacional da Austrália, analisou os objetos encontrados e identificou um número de série em um deles; ele sugere que os fragmentos são do compartimento de carga da Crew Dragon usada na missão Crew-1, lançada em 2020. Após os fazendeiros encontrarem os dois primeiros pedaços de detritos, um terceiro foi encontrado no dia 14 de julho, perto da cidade de Jindabyne.
Como a população já sabe que a nave se desintegrou na área, Tucker acredita que mais pessoas devem encontrar outros destroços ao longo das próximas semanas e até anos. Segundo ele, a discussão agora é voltada para descobrir se a SpaceX vai coletar os detritos. Para o astrofísico, como a reentrada quase não causou danos, não deve haver necessidade de transações intergovernamentais para compensar eventuais estragos.
Fonte: ABC; Via: The Guardian
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