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Cientistas encontram maior "nuvem" de álcool perto do centro da Via Láctea

Os pesquisadores descobriram isopropanol e propanol comum, diferentes tipos de álcool, perto de Sagittarius B2; esta é uma grande região de formação estelar

7 jul 2022 - 13h16
(atualizado às 15h38)
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Uma equipe de pesquisadores do Instituto Max Planck de Radioastronomia, na Alemanha, encontrou uma grande nuvem de moléculas de propanol (um tipo de álcool) perto do centro da Via Láctea. A nuvem parece ser a maior do tipo já detectada, e pode ajudar os cientistas a entender melhor os processos de formação estelar.

Os pesquisadores descobriram tanto isopropanol (composto bastante usado na produção de desinfetante para as mãos) no meio interestelar quanto propanol "comum", outro tipo de álcool. Ambos estão próximos de Sagittarius B2, uma grande região formadora de estrelas próxima do centro da nossa galáxia, e a descoberta das moléculas ali pode contribuir para os cientistas entenderem melhor "berçários estelares" como este.

Foto: NASA/JPL-Caltech/S. Solovy (Spitzer Science Center/Caltech) / Canaltech

Estas moléculas são objeto de busca de pesquisadores há mais de uma década, e a descoberta é fruto das capacidades do telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), instalado no Chile. Com ele, os cientistas já conseguiram encontrar três novos tipos de moléculas orgânicas no espaço desde 2014.

"A detecção dos isômeros de propanol é poderosa para determinar o mecanismo de formação de cada [um deles]", observou Rob Garrod, coautor de um dos estudos que descrevem as descobertas. "Como eles se parecem muito um com o outro e se comportam fisicamente de formas bem parecidas, as duas moléculas deveriam estar presentes no mesmo lugar, ao mesmo tempo", disse.

Entretanto, a detecção das moléculas também deixa algumas questões sem resposta. "A única pergunta em aberto são as quantidades exatas presentes, tornando a proporção interestelar muito mais precisa do que seria para outros pares de moléculas", destacou ele. "Isso também significa que a rede química pode ser refinada muito mais cuidadosamente para determinar os mecanismos pelos quais as moléculas são formadas".

Os artigos com os resultados do estudo foram publicados na revista Astronomy & Astrophysics.

Fonte: Astronomy & Astrophysics (1, 2); Via: MPG

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