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Cientistas cidadãos flagram 144 "exoplanetas impostores" em dados do TESS

Falsos positivos tinham menor massa entre os candidatos, sugerindo que os cientistas ainda não entendem totalmente a distribuição de massa em exoplanetas

6 jul 2022 - 13h16
(atualizado às 16h10)
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Uma equipe de voluntários do projeto Planet Patrol Citizen Science Project ("Projeto de Ciência Cidadã de Patrulha Planetária", em tradução livre) identificou 144 "exoplanetas impostores", em meio a uma amostra de 999 candidatos encontrados pelo telescópio espacial Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS).

Durante suas operações, o TESS faz fotos de milhões de estrelas em busca de um pequeno escurecimento na luz delas; geralmente, essa diminuição do brilho é causada por um planeta passando à frente dela, mas também pode vir de estrelas variáveis imitando o comportamento de planetas, erros nos dados, entre outros fatores.

Foto: NASA/JPL-Caltech / Canaltech

Assim, a ideia é que os participantes do projeto analisem as imagens do telescópio em busca de ruídos e características que indiquem que, talvez, haja algum "impostor'' em meio aos dados, ou seja, um falso positivo. Desta vez, os voluntários se debruçaram sobre os dados e aprenderam a trabalhar com ferramentas usadas por astrônomos profissionais para examinar os candidatos a exoplanetas.

Além disso, eles escreveram código próprio para comparar os possíveis mundos, monitorando o andamento do trabalho. "Esperamos encontrar cinco falsos-positivos astrofísicos para cada candidato 'verdadeiro' nas imagens do TESS", explicou Luca Cacciapuoti, autor principal do estudo que descreve as descobertas. "O trabalho dos cientistas cidadãos é crítico para identificar estes impostores".

No fim, as descobertas da equipe de cientistas cidadãos mostraram que os exoplanetas "falsos" tinham a tendência de ter menor massa. Isso sugere que, talvez, os cientistas ainda não compreendam exatamente como ocorre a distribuição de massa dos planetas.

O artigo com os resultados do estudo será publicado na revista Online Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e pode ser acessado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv; Via: NASA

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