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Cápsula pioneira nos voos espaciais tripulados ganha novo lar nos EUA

A cápsula Mercury-Redstone 1A agora está em exibição no museu Cradle of Aviation, em NY; ela foi usada em dois dos primeiros lançamentos espaciais dos EUA

26 jul 2022 - 19h12
(atualizado às 22h00)
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A cápsula Mercury-Redstone 1A (MR-1A), a primeira produzida pelos Estados Unidos para voos espaciais tripulados, está em exibição no museu Cradle of Aviation ("Berço da Aviação", em tradução livre) em Nova York. A nave resistiu a dois lançamentos e, embora não tenha subido mais que alguns centímetros no primeiro, ajudou a abrir o caminho para os voos históricos de Alan Shepard, John Glenn e outros.

Foto: Rod Leonhard/Cradle of Aviation / Canaltech

A MR-1A tem estrutura externa praticamente idêntica à daquela da cápsula que levou Alan Shepard ao espaço, e teve sua instrumentação removida para a exibição. Ela foi transportada de caminhão ao museu e chegou ao local apenas um mês após o Cradle of Aviation instalar uma estátua de Sally Ride, a primeira mulher norte-americana a ir ao espaço.

A cápsula foi construída pela McDonell Aircraft, empresa que hoje é parte da Boeing. Em julho de 1960 ela foi levada para Cabo Canaveral, na Flórida, para o que seria o primeiro lançamento de uma nave do programa Mercury, com um foguete Redstone. Em 21 de novembro daquele ano, às 11h (horário de Brasília) a contagem regressiva chegou a zero. Contudo, o veículo não deixou o solo.

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Dois cabos se separaram na ordem errada e os motores foram desligados após o foguete "voar" apenas 10 cm. Logo em seguida o altímetro da cápsula, detectando a baixa altitude, acionou o paraquedas. "Há um ótimo vídeo daquele lançamento que falhou, ela estourou a parte superior", recordou Josh Stoff, curador do museu. Um mês depois, a NASA se preparou para tentar novamente com um novo foguete e com a nave reformada.

Em 19 de dezembro de 1960, a Mercury-Redstone-1A foi lançada e alcançou 210 km de altitude, completando um voo espacial suborbital; após 15 minutos e 45 segundos, ela desceu ao oceano Atlântico e foi recuperada por helicópteros. Ali, ela se qualificou para voos com primatas — e, posteriormente, com humanos. Depois que passou por testes pós-voo, a MR-1A foi exibida em diferentes locais nos Estados Unidos.

Após ser enviada ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida, a NASA transferiu a posse da nave ao Smithsonian, que a levou ao Centro de Pesquisa Ames, na Califórnia; em seguida, a nave foi enviada ao museu. "Ela foi ao Ames e ficou em um canto do centro de visitação, não havia exibições ali", observou Stoff. "Acho que, aqui, ela ficou melhor exibida, com toda a [história da] Corrida Espacial sendo contada ao redor dela".

Fonte: collectSPACE

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