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Agência Espacial Europeia desiste de tentar recuperar satélite

Após análise de uma falha no radar do satélite Sentinel-1B, ocorrida no ano passado, a ESA concluiu que será impossível recuperar o componente

4 ago 2022 - 18h30
(atualizado às 20h15)
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Em um comunicado publicado nesta quarta-feira (3), a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que irá encerrar as tentativas de retomar o funcionamento do radar de abertura sintética (ou "SAR"), instalado no satélite Sentinel-1B. A decisão foi tomada junto da Comissão Europeia, parceiros dos satélites Copernicus, voltados para a observação da Terra.

O radar do satélite falhou em dezembro do ano passado e, desde então, a ESA vinha tentando recuperá-lo. Após investigar o problema, os especialistas concluíram que a falha aconteceu em função de problemas em dois reguladores de tensão, sendo que um é necessário para o componente funcionar. O mais provável é que o problema foi resultado de um possível vazamento em um capacitor cerâmico.

Foto: ESA / Canaltech

O capacitor é parte dos dois reguladores, e precisou ser substituído durante a produção e testes da carga útil — contudo, o substituto parece ter sido soldado de uma forma que teria causado danos. Assim, o Comitê de Análises de Anomalias concluiu que é impossível recuperar a alimentação dos componentes eletrônicos do radar.

O satélite Sentinel-1B funcionava em conjunto com o satélite Sentinel-1A, proporcionando imagens SAR com resolução mais fina, que podem ter diferentes aplicações em ciências da Terra. O Sentinel-1A segue operacional, mas tem o mesmo "defeito" no sistema de energia de sua carga útil. Felizmente, uma investigação da ESA mostrou que o sistema do Sentinel-1A não teve problemas desde seu lançamento, e seguirá sendo monitorado.

Apesar da falha no radar, o "veículo" Sentinel-1B segue operacional. A curto prazo, a ESA e a Comissão Europeia vão trabalhar com dados SAR obtidos de outros satélites, como o Radarsat-2, do Canadá. Um substituto, o satélite Sentinel-1C, deverá ser lançado no primeiro semestre do ano que vem por um foguete Vega-C, por meio de um contrato fechado com a Arianespace.

Fonte: ESA; Via: SpaceNews

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