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Complexo megalítico de 8 mil anos e mais de 500 monumentos é achado na Espanha

Análise de um terreno onde seriam plantados abacates, no sul da Espanha, revelou complexo arqueológico megalítico milenar, com mais de 500 menires e dólmens

19 ago 2022 - 20h30
(atualizado em 20/8/2022 às 12h51)
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Um complexo megalítico contendo mais de 500 pedras cravadas verticalmente no solo foi encontrado no sul da Espanha, e pode ser um dos maiores da Europa. A descoberta foi realizada em um terreno da província de Huelva, na fronteira mais ao sul da fronteira entre Espanha e Portugal, próximo ao rio Guadiana.

O local, que tem cerca de 600 hectares, havia sido reservado para o plantio de abacate. Antes de ceder a permissão, no entanto, as autoridades locais pediram uma análise da terra, caso houvesse algo com importância arqueológica. O saldo foi positivo, mostrando a existência do complexo. Um artigo sobre o local foi publicado na revista científica ibérica Trabajos de Prehistoria.

Foto: Linares-Catela et al/Trabajos de Prehistoria / Canaltech

O complexo megalítico e suas pedras

As pedras mais antigas do local, chamado sítio de La Torre-La Janera, foram erigidas provavelmente na segunda metade do 6º milênio a.C. ou no 5º milênio a.C. É uma das coleções mais diversas de megálitos, incluindo menires, dólmens, mamoas, cistas e muito mais. Menires isolados eram os mais comuns, com 526 deles. As pedras têm entre 1 e 3 metros de altura.

Além da diversidade, o estado de conservações do complexo também impressionou os arqueólogos: menires alinhados, cromleques e dólmens juntos raramente são vistos na Europa. Cromleques são círculos feitos com várias pedras verticais, dólmens são tumbas construídas empilhando duas ou três pedras, cistas são quatro lajes de pedra formando um triângulo e mamoas são montículos artificiais de pedra, protegendo dólmens.

A maioria dos menires de La Torre-La Janera estava agrupada em 26 alinhamentos e dois cromleques, ambos no topo de colinas com uma vista aberta para o leste, de onde é possível ver o sol nascer, nos solstícios de verão e inverno europeus, e nos equinócios de primavera e outono do hemisfério norte. Uma boa parte das pedras está cravada bem fundo no solo.

Espera-se que o complexo seja escavado cuidadosamente, com trabalhos planejados para acontecer até 2026. Após escavações deste ano e do próximo ano, no entanto, os cientistas esperam que parte do sítio arqueológico já possa ser visitada por turistas. Para meios de comparação, o sítio de Carnac, no noroeste francês, tem cerca de 3.000 menires.

Fonte: Trabajos de Prehistoria

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