Cientistas investigam cabeça de múmia egípcia encontrada em sótão
Através de uma análise criteriosa da múmia, é possível descobrir desde status dentário, patologias, método de preservação, bem como estimativas de idade e sexo
Imagina encontrar a cabeça de uma múmia egípcia ao limpar o sótão da sua casa? Foi o que aconteceu com uma família de Kent, na Inglaterra. A teoria é que o antigo proprietário a trouxe do Egito como lembrança, mas ninguém conseguiu explicar como a relíquia foi parar em sua posse, para início de conversa. Com isso, cientistas passaram a investigar a múmia para fazer a reconstrução de sua história.
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Os especialistas da Canterbury Christ Church University concluíram, depois de conduzir a análise, que a múmia era uma mulher adulta. Na prática, a equipe contou com a ajuda de um aparelho de tomografia computadorizada. "A varredura fornece uma enorme quantidade de informações - tudo, desde status dentário, patologias, método de preservação, bem como estimativas de idade e sexo", afirmam os envolvidos.
Os cientistas planejam usar os dados de escaneamento para criar uma réplica tridimensional da cabeça e uma possível reconstrução facial para permitir um estudo mais intensivo sem expor o artefato real. Reconstruções semelhantes já foram realizados anteriormente. Os responsáveis pela pesquisa também apostaram em reconstruções em 3D, que foram compartilhadas nas redes sociais:
The ancient Egyptian mummified head from The Beaney Museum in Canterbury. Scanned at Maidstone Nuclear Medicine Department, Kent.
Sagittal CT data and 3D reconstruction using RadiAnt.@The_Beaney @MTWnhs @radiantviewer https://t.co/n469JUVb9K pic.twitter.com/1i3oDenmL4
— James Elliott (@Paleoimaging) July 11, 2022
"A partir de 3500 aC, a mumificação era vista como uma forma de guardar o espírito em sua jornada para a vida após a morte. Ironicamente, os antigos egípcios acreditavam que a mente de uma pessoa era mantida em seu coração e tinha pouca consideração pelo cérebro. Independentemente disso, o cérebro foi removido para ajudar na preservação do indivíduo", afirmou Elliot, coordenador da pesquisa.
Embora relatos tradicionais afirmem que o cérebro da múmia costuma ser removido exclusivamente pelo nariz, pesquisas usando tomografia computadorizada mostraram que isso varia bastante. Com o passar do tempo, a estimativa é que a tecnologia ajude cada vez mais esses especialistas a encontrar informações sobre as múmias.
Fonte: Canterbury Christ Church University via IFL Science
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