Cientistas descobrem como corais conseguem brilhar mesmo nas profundezas
Os corais costumam ter um brilho verde ou laranja, e os cientistas descobriram que isso serve para atrair mais presas: corais com brilho verde capturam 25% mais
Como corais conseguem brilhar mesmo nas profundezas do oceano? Para responder a essa pergunta, cientistas da Tel Aviv University (Israel) conduziram uma análise em torno de espécies que vivem abaixo da zona do crepúsculo, a camada profunda, escura e mediana do oceano, entre 200 e até 1000 metros.
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Os cientistas sabem há muito tempo que os corais que habitam essa área profunda possuem um brilho verde ou laranja ao redor de seus tentáculos. Mas até então, a informação que se tem é que esse ser vivo emite luz depois de absorver energia, através da biofluorescência (diferente da bioluminescência, reação entre uma enzima e uma molécula capaz de liberar luz).
O que os pesquisadores não sabiam era por que os corais brilham nessa profundidade. Algumas hipóteses apontavam que a fluorescência protege os corais do calor ou da luz. Na prática, protetor solar. Os autores também acreditam que a fluorescência de alguma forma ajuda no processo de fotossíntese.
Como não foram encontradas evidências para apoiar as hipóteses anteriores, a equipe começou a analisar crustáceos e percebeu que eles eram atraídos por fluorescentes verdes ou laranjas. Experimentos com plânctons também chegaram a isso. Em seguida, os pesquisadores coletaram corais do Golfo de Eilat, no Mar Vermelho, e descobriram que os corais que brilhavam em verde capturavam 25% mais presas.
Os autores do estudo afirmam que os corais estão sob enorme ameaça, e são especialmente vulneráveis a produção de petróleo, mineração em alto mar e a crise climática. Assim, qualquer informação que a ciência possa fornecer sobre as misteriosas vidas dos corais pode ajudar a encontrar novas maneiras de protegê-los e conservá-los.
Fonte: Communications Biology via Optimist Day
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