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Bebê nasce sem parte do crânio e é salva por prótese impressa em 3D — veja fotos

Um bebê nascido na Polônia tinha parte do crânio faltando, a moleira, que foi impressa em 3D e inserida cirurgicamente para evitar infecções na menina

16 ago 2022 - 16h42
(atualizado às 18h18)
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Uma bebê nasceu sem parte do crânio na Polônia e foi salva graças a uma prótese impressa em 3D. Anastazji nasceu em Rzeszow em fevereiro deste ano com o osso occipital, da base e parte traseira do crânio, sem desenvolvimento completo. Uma fenda se formou no lugar da moleira, envolvendo desde a parte traseira do crânio (occipital) até a testa (frontal), passando pelos ossos do topo da cabeça (parietais).

Foto: twenty20photos/Envato / Canaltech

Não percebendo o problema nos exames de pré-natal, os médicos só notaram a má formação na hora do parto, o que deixou os tecidos cerebrais da menina expostos, com riscos grandes de infecção ou até mesmo morte. Para evitar infecções, os médicos tinham um prazo de 4 dias para reconstruir a parte do crânio da criança antes de complicações mais sérias terem seus riscos aumentados.

O médico Lukasz Krakowczyk teve a ideia de imprimir a parte faltante do crânio em 3D, ajudando no desenvolvimento da pequena sem risco de infecções. Através de uma série de tomografias e ressonâncias magnéticas, um modelo virtual do crânio de Anastazji foi produzido, incluindo o preenchimento da parte faltante no molde. Para montar o crânio, foi contatada a empresa polonesa especializada Sygnis.

Tecnologia 3D

Para os modelos, foram utilizados métodos de sinterização seletiva a laser (SLS), que envolve fundir camadas de pó de náilon, e estereolitografia (SLA), em que resinas fotossensíveis são endurecidas em diversas camadas diferentes. Em um período de 26 horas, foram impressos dois crânios perfeitos, um por cada método, nos quais os médicos simularam o procedimento.

Feitos em tempo recorde, os modelos eram muito acurados: o crânio feito por SLS tinha 0,125 mm de precisão nos detalhes, e foi utilizado para completar a parte faltante em Anastazij, que abarcava cerca de 1/5 da cabeça. Limpando o modelo de todo o pó não fundido e realizando um jateamento abrasivo (que utiliza areia em alta pressão), ele ficou pronto para o procedimento. Você pode ver o modelo SLS na foto abaixo:

A cirurgia em Anastazij demorou 2 horas, e a menina foi mantida em uma incubadora isolada em seguida, evitando infecções e recebendo leite materno através de um tubo. O procedimento foi realizado em 28 de fevereiro, mas apenas recentemente foi divulgado.

Na televisão polonesa, Krakowczyk comentou que mais procedimentos terão de ser realizados na menina futuramente, com o objetivo de reconstruir o osso do crânio em si. Como seus ossos estão em crescimento, é necessário esperar que aumentem de tamanho para que as cirurgias sejam possíveis.

Segundo ele, a impressão 3D continuará sendo de suma importância para Anastazij, reconstruindo a seção occipital de seu crânio. Os médicos terão de acompanhá-la para planejar a reconstrução óssea e determinar o encaixe perfeito para quando os ossos estiverem completamente formados, como foi feito nesse primeiro procedimento.

Fonte: Sygnis

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