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Ataques virtuais | Maior parte tem motivação econômica, e espionagem cresce

Apesar da motivação financeira ainda ser a líder isolada para aplicação de ataques virtuais, o número de ações motivadas por espionagem assustou especialistas

13 ago 2022 - 00h21
(atualizado em 14/8/2022 às 10h54)
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A imensa maioria dos ataques cibernéticos têm motivação financeira, seguidos de muito longe por campanhas de espionagem. De acordo com o Relatório de Investigações de Vazamentos de Dados da Verizon Business (DBIR), 93% dos ataques têm motivações financeiras, enquanto espionagem corresponde a 6% dos casos.

Foto: marketing land / Canaltech

Apesar de parecer um índice pequeno, a quantidade de ataques motivados por espionagem assustou os pesquisadores, já que, há apenas dez anos, essa motivação sequer figurava entre as principais causas em levantamentos desse tipo.

Ransonware também aprensentou crescimento

Outros pontos da pesquisa que foram descritos como alarmantes pelos pesquisadores foi o avanço de ataques por ransomware, que consistem no sequestro de dados que são instalados nos sistemas de uma organização. De acordo com a pesquisa, o uso desse tipo de recurso cresceu 13% no mundo inteiro em apenas um ano.

"Os ransomwares são uma ameaça persistente e implacável", define o fundador e CEO da empresa de segurança da informação brasileira Apura, Sandro Süffert. "Os operadores desse tipo de ataque miram tanto empresas de países ricos, como em desenvolvimento e países pobres", completa o pesquisador.

Espionagem preocupa na Ásia

O relatório observou 29,3 mil ataques motivados por espionagem em todo o mundo, sendo que, deles, um total de 5,2 mil foram constatados como eventos confirmados. A maior porcentagem de ataques desse tipo foi detectada na região que abarca toda a Ásia, menos o Oriente Médio, onde 46% das invasões foram para espionar uma pessoa ou organização.

O item espionagem também foi significativo na macrorregião da Europa, Oriente Médio e África, onde a espionagem correspondeu a 21% das situações, ao passo que 79% se referiram à motivação financeira. Na América do Norte e na América Latina, o predomínio foi de ataques por objetivos financeiros 96% e 92% dos casos, respectivamente.

Segundo Süffert, a constatação reitera a importância de a sociedade incorporar uma cultura de segurança cibernética. "Isso significa investir em ações em todos os níveis e instâncias, desde o tema estar presente nas escolas, até as organizações contarem com iniciativas, mecanismos e ações de monitoramento, prevenção e combate", conclui o pesquisador.

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