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4 ações que podem evitar prejuízos em casos de celular roubado

Instalar soluções de segurança e usar biometria e senhas ajuda a proteger informações e apps em caso de perda, com o contato rápido sendo essencial após o ato

17 ago 2022 - 17h21
(atualizado às 19h15)
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O roubo de celulares sempre foi um crime bastante presente no Brasil, mas nos últimos anos, com a chegada do Pix e a concentração cada vez maior de informações pessoais nestes aparelhos, os casos dispararam. São, em média, 100 casos desse tipo por hora no Brasil, de acordo com dados da Kaspersky, com usuários de todos os tipos sujeitos a eles.

Não se trata, apenas, da perda dos aparelhos. Eles são moeda de troca para os bandidos sim, mas mais importante do que isso é o acesso a aplicativos bancários e redes sociais. De um lado, está a possibilidade de realização de transações fraudulentas, compras não autorizadas e até pedidos de empréstimos, enquanto de outro, familiares e amigos podem ser atingidos por golpes enquanto acreditam estar falando com o próprio usuário.

"O ponto mais importante ao enfrentar uma situação como esta é controlar as emoções e a adrenalina. Qualquer roubo criará um grande estresse e é comum ficar surpreso inicialmente, mas tenha em mente que o bandido irá agir rápido, e cabe a você ser mais ágil que ele", explica Claudio Martinelli, diretor-executivo da Kaspersky para a América Latina, ele mesmo vítima de um furto de celular no trânsito.

Nesse ambiente de insegurança, saber o que fazer ao ter o smartphone roubado ou furtado ajuda a evitar prejuízos. As medidas protetivas, na verdade, começam antes mesmo do crime, com quatro itens essenciais indicados pelos especialistas da Kaspersky para minimizar os danos.

Use dois logins

Foto: Jonas Leupe/Unsplash / Canaltech

A autenticação em duas etapas é essencial para a segurança de qualquer serviço online, mas não é exatamente dela que estamos falando aqui. É importante, também, utilizar recursos de bloqueio de aplicativos para verificação adicional de identidade no celular, com as soluções mais sensíveis como e-mails, softwares financeiros e ajustes do sistema exigindo uma credencial adicional para acesso.

Vale a pena usar, por exemplo, sistemas de autenticação biométrica associados a uma senha do próprio aplicativo ou, ainda, adicionar isso a uma segunda senha do próprio aparelho. É importante, claro, não utilizar a mesma combinação para tudo e evitar combinações simples ou facilmente adivinhadas, como variações da data de nascimento, momentos importantes ou padrões simples, no caso do Android.

Alguns aplicativos oferecem a verificação adicional como um recurso próprio, enquanto o app de Atalhos no iOS e soluções de segurança para celulares Android também permitem indicar quais apps exigirão uma senha extra para serem abertos. A medida pode tornar o uso das soluções um pouco mais truncado, é verdade, mas é um preço baixo a se pagar diante do que pode acontecer do contrário.

Proteja a biometria

O uso de impressão digital ou reconhecimento facial vem se tornando padrão na maioria dos smartphones mais modernos e isso também se aplica aos apps mais sensíveis, que usam a mesma camada de segurança como uma verificação adicional de acesso. Mas de nada adianta fazer isso se, nas configurações do celular, os bandidos conseguirem facilmente adicionar as próprias informações.

Acesse as configurações do iOS ou do Android para configurar uma exigência de senha na hora do cadastro de novas informações biométricas, caso essa opção já não esteja ativada por padrão. Do contrário, caso o recurso não esteja disponível, o ideal é evitar o uso destas verificações nos aplicativos mais sensíveis, preferindo senhas tradicionais que, novamente, podem tornar o uso mais truncado, mas também trazem maior proteção.

Tenha contatos à mão

Com tantos aplicativos financeiros e soluções sendo usadas em um mesmo celular, chega a ser difícil se lembrar de tudo, principalmente em um momento de tensão após um roubo. Enquanto isso, em um caso desse tipo, a velocidade nos contatos e bloqueios é importante para minimizar fraudes e garantir que os criminosos passem o menor tempo possível com acesso às suas informações e aplicativos.

Ninguém mais se lembra dos telefones de cabeça, então pode ser uma boa manter anotados os contatos de atendimento de bancos, plataformas e outros sistemas para serem usados em caso de urgência. Isso ajuda a concentrar todas as informações em um só lugar e evita deslizes, além de economizar tempo que pode ser precioso para evitar prejuízos maiores.

Além disso, o contato com muitas destas organizações pode ser vagaroso, através de diferentes camadas de atendimento automatizado até que a vítima consiga falar com um representante. "Vale a pena saber 'o caminho das pedras', verificando se a operadora ou banco tem algum atalho para falar. Seria muito válido se essas empresas pensassem em uma espécie de 'botão de pânico' [para casos assim]", aponta Martinelli.

Bloqueio imediato

Como dito, a velocidade é essencial para minimizar as perdas e golpes após ter o celular roubado ou furtado. Por isso, a primeira medida é bloquear o aparelho imediatamente, da forma mais rápida possível. Tanto o sistema operacional Android quanto o iOS possuem sistemas desse tipo, que travam o dispositivo assim que ele é indicado como perdido.

O bloqueio impede o uso e, também, o recebimento de códigos de autenticação via SMS, que podem estar sendo solicitado para burlar verificações em duas etapas. Tais sistemas também permitem que todo o conteúdo dos dispositivos seja apagado, de forma que mesmo os aplicativos não protegidos por senha ou biometria não possam mais ser acessados pelos bandidos. É importante, também, bloquear o IMEI do aparelho e o próprio número celular junto à operadora.

Novamente, é importante segurar a emoção e evitar buscar uma possível recuperação junto aos bandidos, usando o recurso de localização. É importante lembrar que, enquanto você observa o dispositivo no mapa, ele segue ativo e pode estar sendo usado para a realização de fraudes que, muitas vezes, podem custar muito mais do que o preço de um aparelho novo.

Depois do aparelho, é a vez de entrar em contato com bancos e instituições financeiras para alertar sobre a possibilidade de fraudes. Lembre-se, também, das operadoras de cartão, caso utilize pagamento mobile, e também de fintechs e sites de comércio eletrônico. Na sequência, comece o processo de mudança de senhas de e-mails, redes sociais e outras plataformas conectadas.

Mesmo quando uma fraude não é detectada na hora, ela pode aparecer depois. Por isso, vale a pena ficar de olho em extratos bancários e faturas de cartão de crédito, além de sites como o Registrato. O serviço, mantido pelo Banco Central do Brasil, reúne todas as informações financeiras dos cidadãos e pode indicar quanto contas bancárias, empréstimos e outras movimentações desconhecidas aconteceram em seu nome.

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