Durante a realização da COP30, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém, o cenário da cidade irá se transformar com a chegada de dois dos maiores cruzeiros do planeta, o MSC Seaview e o Costa Diadema. Ambos irão funcionar como hotéis flutuantes, especialmente preparados para acomodar delegações internacionais, profissionais de apoio e equipes técnicas envolvidos no maior evento global sobre mudanças climáticas. Assim, essa estrutura inédita busca atender à demanda elevada de hospedagem na capital paraense durante esses dias.
A utilização desses navios como acomodação oficial representa uma solução de grande porte. A razão disso é a limitação da rede hoteleira local em absorver a quantidade de participantes internacionais esperados para a conferência da ONU. Os dois cruzeiros somam 3.882 cabines e podem acomodar até 9 mil pessoas. Dessa forma, oferecem alternativas diversas de hospedagem, com opções que vão desde cabines padrão até suítes de luxo personalizadas. O acesso aos navios estará restrito às pessoas ligadas diretamente às atividades do evento, mantendo um controle rigoroso de segurança e privacidade.
Como funcionará a hospedagem nos cruzeiros durante a COP30?
Os cruzeiros chegaram ao novo terminal do Porto de Outeiro poucos dias antes do início da cúpula, já tendo atravessado o Atlântico abrigando apenas suas tripulações. Segundo informações da operação, cerca de 80% das cabines já estão garantidas para diferentes delegações, staff técnico e equipes de bastidores. Não está previsto o alojamento de chefes de Estado nessas embarcações; eles serão hospedados em outros locais designados pelas autoridades.
O processo de reserva ocorreu por meio de acordos diretos entre organizadores da COP30, representantes das delegações e a empresa responsável pela coordenação hoteleira dos navios. Ademais, os valores das diárias variam amplamente conforme o padrão da cabine escolhida, podendo alcançar faixas de preço diferenciadas conforme o tamanho, conforto e serviços oferecidos. As opções vão do básico ao requinte, já que há cabines econômicas e suítes de até 100 m², algumas com acesso a espaços privativos, lounge exclusivos e serviço de mordomo disponível 24 horas.
Quais são as principais características do MSC Seaview e do Costa Diadema?
A principal palavra-chave deste contexto é cruzeiros em Belém para a COP30. O MSC Seaview, destaque entre os dois, chama atenção pelo porte: são 323 metros de comprimento e 16 andares, um verdadeiro gigante flutuante. Dentro do Seaview, os hóspedes encontram 10 restaurantes, 15 bares, quatro piscinas, parque aquático, pista de boliche, academia, spa e outras opções de lazer. O Yacht Club, área de luxo privativa do navio, garante exclusividade máxima, contando com restaurantes, piscina, lounge e suítes de alto padrão.
Embora um pouco menor, o Costa Diadema impressiona com seus 306 metros, 133 mil toneladas e oferta variada de entretenimento. O navio apresenta 11 restaurantes e 12 bares, além de oito jacuzzis, spa, quadras esportivas e um boulevard que se estende por 500 metros conectando diferentes áreas. Ambos os cruzeiros possuem auditórios, salas de reuniões e estúdios dedicados a práticas de bem-estar, evidenciando a proposta de transformar os navios em verdadeiros centros de convenções flutuantes durante o evento.
Quais vantagens os cruzeiros-hotel oferecem para o evento?
Essa solução se destaca por reunir conforto e funcionalidade em um só local, permitindo que os participantes tenham acesso a uma infraestrutura completa a poucos passos dos espaços de trabalho e reuniões. A logística de hospedagem flutuante, adotada para a COP30 em Belém, representa uma alternativa inovadora para grandes eventos internacionais, especialmente em cidades com rede hoteleira insuficiente para abrigar a demanda. Além disso, os cruzeiros-hotel garantem serviços personalizados, monitoramento constante de segurança, opções diferenciadas de alimentação e experiências de lazer para os hóspedes entre uma atividade e outra.
- Flexibilidade de acomodação para diferentes perfis de delegados
- Infraestrutura de ponta para eventos e reuniões
- Opções de lazer integradas ao ambiente de trabalho
- Localização estratégica, próxima aos eventos centrais da Cúpula
- Serviços personalizados para equipes técnicas e de apoio
Vale citar que, em paralelo ao uso dos navios, o Brasil também apoiou o aumento do Subsídio de Subsistência Diária (DSA) durante o evento, visando garantir uma participação mais inclusiva de países em desenvolvimento. Esta iniciativa busca democratizar o acesso à COP30 e facilitar o engajamento de representantes de diferentes realidades no debate climático global.
Ao fazer dos cruzeiros uma base para delegações e equipes técnicas, Belém transforma o modelo tradicional de hospedagem em cúpulas climáticas. A experiência resultante promete não apenas conforto, mas também integração entre participantes, estimulando a cooperação e a troca de experiências em uma estrutura inédita no cenário de conferências internacionais.