Na última segunda-feira (6), Adriane Galisteu deu entrada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após sentir fortes dores na região do quadril. Em suas redes sociais, a apresentadora tranquilizou os seguidores e revelou o diagnóstico: Síndrome do Piriforme. Trata-se de uma condição muscular que, apesar de pouco conhecida, pode causar desconfortos intensos e afetar o nervo ciático.
"Descobrimos o que eu tenho, já é um bom caminho", contou Adriane. "É um músculo que fica profundo no quadril, ao lado do ciático". A artista explicou que as dores começaram após um agachamento feito de forma incorreta durante o treino. Ela também comentou sobre o impacto emocional de precisar interromper a prática de exercícios: "Fico desesperada que não consigo correr, me dá uma tristeza. A corrida me faz um bem, não só para o corpo, mas para a minha cabeça. Fico mais ansiosa, fico angustiada."
O que é a Síndrome do Piriforme
A Síndrome do Piriforme ocorre quando o músculo piriforme, localizado na região dos glúteos, comprime o nervo ciático, provocando dor, formigamento e dormência na perna. Embora seja uma condição rara, é muitas vezes confundida com a ciatalgia (dor no nervo ciático).
O músculo piriforme é responsável por estabilizar o quadril e permitir movimentos de rotação e equilíbrio. Quando há tensão, inflamação ou aumento do volume desse músculo - seja por excesso de esforço físico, má postura ou impactos diretos - o nervo ciático pode ser pressionado, desencadeando os sintomas.
Sintomas mais comuns
Os sintomas da Síndrome do Piriforme geralmente afetam o quadril, glúteos e pernas, podendo se intensificar ao sentar, cruzar as pernas ou permanecer muito tempo na mesma posição. Entre os sinais mais frequentes estão:
- Dor em pontada ou sensação de queimação no glúteo;
- Formigamento e dormência que irradiam para a parte de trás da coxa;
- Dificuldade para caminhar ou ficar muito tempo sentado;
- Em alguns casos, dor que chega até a lateral da perna e o pé;
- Agravamento dos sintomas durante a gravidez, devido à sobrecarga no quadril.
O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica com ortopedista ou fisioterapeuta, que pode realizar testes de movimento para identificar a compressão do nervo ciático. Exames de imagem, como ressonância magnética e ultrassonografia, ajudam a confirmar o quadro e descartar outras condições, como hérnias de disco.
Tratamento e recuperação
O tratamento da Síndrome do Piriforme é conservador na maioria dos casos, ou seja, não requer cirurgia. O foco está em reduzir a inflamação e aliviar a pressão sobre o nervo. As principais abordagens incluem:
- Fisioterapia: com foco em alongamentos e fortalecimento muscular;
- Massagem profunda e liberação miofascial: para relaxar o músculo e aliviar o desconforto;
- Compressas mornas: ajudam a reduzir a tensão local;
- Medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, quando prescritos por um médico;
- Acupuntura e técnicas complementares, em casos persistentes.
A melhora costuma ocorrer entre uma e três semanas, mas a recuperação completa depende da adesão ao tratamento e da prática regular de alongamentos. A falta de cuidados pode levar à recorrência da dor.
Casos como o de Adriane Galisteu lembram que até corpos bem treinados precisam de descanso e atenção. Lesões por esforço repetitivo ou má execução de exercícios são comuns e reforçam a importância de respeitar os limites do corpo - e de manter o acompanhamento com profissionais de saúde e educação física.