Dormir demais faz mal? Entenda os riscos ocultos do excesso de sono e como manter o equilíbrio para uma vida saudável

Dormir demais faz mal? Descubra, com base em estudos, os principais riscos do excesso de sono para sua saúde e bem-estar diário

14 nov 2025 - 09h00

O sono é uma necessidade biológica fundamental, envolvido em processos importantes para a saúde física e mental. Embora seja consenso a importância de dormir bem, cresce a discussão sobre os possíveis riscos relacionados ao excesso de tempo dormido diariamente. Pesquisas e levantamentos recentes têm sugerido que dormir além do recomendado pelos especialistas pode trazer consequências inesperadas para o organismo, alertando para a necessidade de atenção ao equilíbrio nas horas de repouso.

Dados atuais da medicina indicam que adultos saudáveis precisam de uma média entre sete e nove horas de sono por noite. Dormir mais do que isso, de forma constante, pode indicar ou até agravar problemas de saúde subjacentes. O excesso de sono, denominado hipersonia, pode também afetar a rotina diária e impactar negativamente questões relacionadas à disposição, humor e produtividade.

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Quais riscos podem estar associados a "dormir demais"?

Estudos publicados nos últimos anos têm observado que pessoas que ultrapassam regularmente nove horas de sono por noite apresentam maior incidência de certas condições. Entre os riscos ocultos do excesso de sono destacam-se alterações metabólicas, predisposição a doenças cardiovasculares e desenvolvimento de distúrbios como diabetes tipo 2.

A relação entre dormir demais e saúde cardiovascular gera especial preocupação, pois investigações já associaram longas noites de sono ao aumento do risco de pressão alta e acidentes vasculares cerebrais. Entre os fatores observados em diversas pesquisas estão:

  • Aumento do risco de obesidade: períodos prolongados de inatividade noturna podem contribuir para o acúmulo de peso.
  • Tendência a sintomas depressivos: a hipersonia é frequentemente relatada em quadros de depressão e ansiedade.
  • Envelhecimento cognitivo acelerado: investigações sugerem maior risco para perda de memória e demência precoce em quem dorme em excesso.

Importante ressaltar que dormir demais pode não ser a causa direta desses problemas, mas frequentemente está associado a outras condições clínicas que também afetam a saúde geral.

Fique atento aos sinais do excesso de sono, como sonolência constante e dificuldade para acordar – depositphotos.com / AllaSerebrina
Fique atento aos sinais do excesso de sono, como sonolência constante e dificuldade para acordar – depositphotos.com / AllaSerebrina
Foto: Giro 10

Como identificar os sinais do excesso de sono?

A identificação de hipersonia pode ser desafiadora, já que há diferentes fatores que levam uma pessoa a dormir mais. Sinais claros costumam incluir sonolência persistente durante o dia, dificuldade para acordar mesmo após longas horas de descanso e sensação de cansaço após dormir mais de nove horas.

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Segundo especialistas, é recomendável observar se o aumento nas horas de sono está acompanhado de mudanças recentes no estilo de vida ou na saúde física e mental. As causas podem variar desde distúrbios do sono, como apneia e insônia não restauradora, até problemas clínicos, como alterações hormonais e depressão.

  1. Consulte um médico caso perceba mudanças inesperadas no padrão de sono.
  2. Realize exames para investigar possíveis doenças associadas ao excesso de sono.
  3. Adote hábitos regulares de sono, procurando dormir e acordar sempre em horários semelhantes.

Diante de sinais persistentes, a avaliação profissional é fundamental para descartar ou tratar possíveis causas orgânicas ou psicológicas.

Como manter um padrão de sono saudável?

Buscar o equilíbrio nas horas dormidas é um dos pilares para um estilo de vida saudável. Manter uma rotina de sono adequada requer a atenção a alguns hábitos simples, que auxiliam tanto quem dorme pouco quanto pessoas com tendência ao excesso de sono.

  • Manter uma rotina fixa de horários para ir para a cama e levantar.
  • Evitar cafeína e dispositivos eletrônicos antes de dormir.
  • Realizar atividades relaxantes no período noturno, como a leitura ou a meditação.
  • Praticar exercícios físicos regularmente, mas evitar atividades intensas próximas ao horário de dormir.

No contexto atual, em que fatores como estresse e uso desenfreado de tecnologia interferem no descanso, a conscientização quanto ao tempo ideal de sono ganha cada vez mais relevância. Dormir demais, assim como dormir pouco, pode ser sinal de desequilíbrio no organismo e merece atenção, destacando a importância de ouvir o corpo e buscar orientação profissional sempre que houver dúvidas.

Dormir bem, mas com equilíbrio, traz benefícios para o corpo e a mente – depositphotos.com / serezniy
Foto: Giro 10
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