Patrícia Anny Baptista foi submetida a uma cirurgia bariátrica em 2017 para ajudá-la a melhorar dos problemas de saúde associados à obesidade e facilitar seu processo de gravidez, que era um desejo de vida. O detalhe que ela não sabia é que ela já esperava um bebê no momento do procedimento.
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A cirurgia deu certo, mas Patrícia passou a ter dificuldades para comer no mês seguinte ao ponto de desmaiar de fraqueza. Ao ser levada ao hospital e passar por uma série de exames, ela recebeu a notícia de que estava grávida de três meses.
De acordo com informações da ONG Prematuridade.com, ela percebeu que o bebê não crescia como o esperado, já que a mãe não conseguia se alimentar. Por isso, antes mesmo de completar 30 semanas de gestação, foi preciso fazer uma cesariana.
Camila, a filha dela com Rafael, seu marido, nasceu com 28 centímetros e apenas 540 gramas. Em entrevista à Marie Claire, a bebê foi entubada e levada direto para a UTI, onde passou os seis primeiros meses.
A criança passou por diversas dificuldades como enterocolite necrosante, paradas cardíacas, uma necrose na tíbia, que deixou sequela em uma das pernas — que não cresce como a outra--, sepse e hemorragia cerebral e ocular.
Camila também teve sequelas motoras, cognitivas e respiratórias, além de uma condição autoimune na tireoide que compromete o crescimento. Segundo a reportagem, ela pesa atualmente apenas 14 quilos. A garotinha de oito anos é acompanhada por oito especialistas diferentes e realiza cinco tipos de terapias.