Aos 92 anos, a italiana Emma Maria Mazzenga é a prova viva de que idade e limites podem não significar a mesma coisa. Com uma trajetória marcada pela determinação e amor ao atletismo, ela segue quebrando recordes e atraindo a atenção de cientistas que tentam entender seu envelhecimento fora do comum.
Emma começou a correr aos 19 anos, interrompeu por algumas décadas e voltou às pistas aos 53. Desde então, não parou mais. Hoje, suas fibras musculares são comparadas às de uma mulher de 20 anos, e sua saúde cardiovascular se equipara à de alguém com metade de sua idade.
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Durante a pandemia, manteve a rotina de treinos dentro de casa. Competiu com atletas muito mais jovens e continuou desafiando o relógio biológico com um vigor que impressiona. No início de 2024, em Pádua, ela estabeleceu um novo recorde mundial nos 200 metros rasos da categoria W90.
Mesmo após sofrer uma lesão, Emma não conseguiu ficar parada. Voltou aos treinos caminhando e pedalando, recuperando o fôlego com a mesma disciplina que a levou ao topo. Durante o inverno, treina no Palaindoor; no verão, no Estádio Colbacchini, sob orientação do técnico Daniele Aloe, da equipe master do clube Cus Padova. “Com consistência, espero melhorar e me sentir tão forte quanto no ano passado”, afirma.
A paixão de Emma pelas pistas vem de longe. Entre 1956 e 1961, ela já competia pela Cus Padova, participando das provas de 100, 200, 400 e até 800 metros, chegando a conquistar o quarto lugar no campeonato nacional em Roma. Depois de se casar, em 1963, fez uma pausa no esporte, mas retornou em 1986 e nunca mais parou.
Para a atleta, o segredo está na simplicidade: manter o corpo em movimento, adotar hábitos saudáveis e, acima de tudo, não perder a paixão pela corrida. Aos 92, ela segue desafiando o tempo com o mesmo brilho nos olhos de uma atleta que acabou de começar.
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