Anvisa proíbe substâncias em esmaltes em gel e reforça medidas de segurança no setor de cosméticos

Perigo em esmaltação em gel: Anvisa proíbe TPO e DMPT para proteger saúde e alinhar Brasil à segurança da União Europeia em cosméticos

7 nov 2025 - 12h27

Em 2025, medidas adotadas por órgãos regulatórios seguem impactando o setor de cosméticos no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou recentemente a proibição do uso de duas substâncias químicas frequentemente identificadas em produtos para aplicação de unhas em gel, que demandam exposição à luz ultravioleta ou LED durante o processo de secagem. A decisão representa uma resposta direta à necessidade de fortalecer a segurança de consumidoras, consumidores e de profissionais que atuam nesse segmento.

A determinação atinge em especial o TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina, também mencionado como dimetiltolilamina ou DMTA). Estudos indicam que essas substâncias apresentam riscos associados à saúde, justificando a adoção da medida cautelar. Com a atualização das normas, o Brasil acompanha os parâmetros europeus e visa impedir que produtos considerados inseguros em outros países permaneçam disponíveis no mercado nacional.

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Por que a Anvisa proibiu TPO e DMPT nos esmaltes em gel?

A decisão da Anvisa ampara-se em evidências científicas e avaliações internacionais. O DMPT é classificado como potencial cancerígeno para humanos, enquanto o TPO pode afetar a fertilidade devido à sua toxicidade reprodutiva. Ambos os componentes são comuns em esmaltes e alongamentos de unhas que utilizam tecnologia de secagem com luz ultravioleta. Profissionais de beleza, expostos repetidamente aos compostos, representam o grupo mais vulnerável, porém usuárias e usuários finais também estão sujeitos a riscos por contato frequente.

Essa atualização regulatória envolve não apenas o banimento imediato para fabricação e registros novos, mas também um período de transição para eliminação dos produtos já presentes no comércio, limitando a venda e uso em até três meses após a resolução. Após esse prazo, produtos que contenham TPO ou DMPT deverão ser recolhidos das prateleiras.

Prazos e adequações: fabricantes e salões têm até 90 dias para retirar os produtos irregulares do mercado e adaptar fórmulas e estoques – depositphotos.com / SmirMaxStock
Prazos e adequações: fabricantes e salões têm até 90 dias para retirar os produtos irregulares do mercado e adaptar fórmulas e estoques – depositphotos.com / SmirMaxStock
Foto: Giro 10

O que muda para estabelecimentos e consumidoras a partir da nova regra?

Com a implementação da nova norma, fabricantes, importadoras e lojas especializadas em cosméticos têm a responsabilidade de adequar seus estoques e processos. A partir da data de publicação da resolução, a fabricação, importação e novos registros de produtos que contenham as substâncias proibidas estão vetados. Empresas do setor têm noventa dias para interromper a comercialização e uso desses produtos, devendo realizar o devido recolhimento junto a distribuidores e pontos de venda.

  • Fabricantes precisam revisar fórmulas e garantir que itens ofertados estejam em conformidade com a legislação nacional.
  • Salões de beleza devem eliminar o uso de esmaltes em gel que tenham TPO ou DMPT, além de orientar clientes e profissionais quanto à mudança regulatória.
  • Consumidoras devem priorizar produtos regularizados, verificando rótulos e informações disponibilizadas pelas marcas.

Como identificar produtos seguros para unhas em 2025?

  1. Verifique o registro do produto junto à Anvisa diretamente pelo site oficial;
  2. Leia atentamente as informações presentes nas embalagens, observando a composição;
  3. Evite adquirir itens de procedência desconhecida ou sem aprovação dos órgãos competentes;
  4. Mantenha-se atualizado sobre alertas e comunicados da Anvisa referentes a cosméticos.

O alinhamento com diretrizes internacionais, como a União Europeia, indica uma tendência de maior rigor no controle das formulações comercializadas no Brasil. Ao adotar essas recomendações, profissionais e consumidoras contribuem para reduzir os riscos associados ao uso de substâncias químicas em produtos de beleza, promovendo um cuidado mais consciente e seguro.

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A decisão alinha o Brasil a normas europeias e incentiva o uso de cosméticos certificados e livres de compostos nocivos -depositphotos.com / javiindy
Foto: Giro 10
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