Excesso de apostas esportivas afeta saúde mental e bem-estar

A regra é simples, ou seja, basta jogar com responsabilidade

6 nov 2024 - 15h22
(atualizado em 7/11/2024 às 09h41)

O universo esportivo está sujeito a constante transformação e a bola da vez do momento é o cenário de apostas. Há quem tente fazer desse hábito uma profissão, o que pode acarretar em problemas, pois o excesso de apostas esportivas pode afetar a saúde mental e o bem-estar.

Excesso de apostas esportivas
Excesso de apostas esportivas
Foto: Shutterstock / Sport Life

Mais de 5 milhões de brasileiros estão envolvidos em apostas. Esse crescimento desordenado faz com que cerca de 20% dos apostadores desenvolvam vícios associados com o alto nível de stress, ansiedade e depressão.

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Entenda o perigo do excesso de apostas esportivas

"O cérebro de um apostador funciona com base na recompensa. Ele libera dopamina a cada vitória ou expectativa de que possa ganhar. Isso ativa um sistema de recompensa, que precisa de mais estímulo para buscar o prazer do começo, que isso o leva ao vício", afirmou o psicólogo Gustavo Sampaio em entrevista exclusiva para o Sport Life.

Na sequência, Gustavo aduziu que o cérebro se desenvolve até os 22 anos, fato que simplesmente intensifica esse tipo de vício em um jovem. "Porém, os estudos mostram que os adultos apostam muito já que tem acesso ao dinheiro e facilidades para apostarem", completou o profissional.

Outro acréscimo é a pesquisa feita pela Universidade de Cambridge, do Reino Unido, cuja tese apontou que os compulsivos mostram atividade na parte do cérebro associada ao impulso, o que pode influenciar em terríveis problemas financeiros.

"Tem uma distorção da percepção. Então, frequentemente a aposta engana de que uma pessoa pode controlar. Exemplo: 'eu estou perdendo, mas dessa vez vai dar certo. Vou tomar um café, depois vai mudar o algoritmo e vou conseguir.' Além de irritabilidade", acrescentou Sampaio.

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O que fazer para se livrar desse vício?

"É fazer terapia para ter o autoconhecimento, mas muitas pessoas não têm acesso a terapia. Conversar com familiares, explicar o que acontece com uma pessoa de confiança ou um amigo. Também bloquear as contas de sites de apostas e exercícios físicos", aconselhou.

O benefício da dopamina para quem não vive com vício

"Normalmente, as pessoas que não têm vício sentem prazer ao assistir televisão, ler um livro, na hora do exercício físico e trabalhar. O sistema de recompensa dessas pessoas está tudo bem, pois há alegria nas pequenas coisas", concluiu Gustavo Sampaio.

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