Mulheres têm mais empatia do que homens, diz estudo

Pesquisa mostra que as mulheres, em média, têm maior empatia cognitiva do que os homens - uma diferença observada em todas as regiões do mundo

6 nov 2025 - 16h33

A ciência acaba de confirmar algo que muitas pessoas já percebiam no dia a dia: as mulheres costumam demonstrar mais empatia - a capacidade de compreender e se colocar no lugar do outro - do que os homens. A conclusão vem de uma pesquisa em larga escala, realizada com 300 mil pessoas de 57 países, conduzida por cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Estudo confirmou que as mulheres são mais empáticas do que os homens; confira pesquisa realizada em 57 países
Estudo confirmou que as mulheres são mais empáticas do que os homens; confira pesquisa realizada em 57 países
Foto: Reprodução: Canva/Prostock-Studio / Bons Fluidos

Um olhar que revela sentimentos

O estudo utilizou um teste conhecido como "leitura da mente nos olhos", que avalia a chamada "teoria da mente", também conhecida como empatia cognitiva. Nele, os participantes precisam observar apenas a região dos olhos de diferentes rostos e identificar, entre várias opções, qual emoção ou pensamento está sendo expresso.

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Os resultados foram consistentes. Em 36 países, as mulheres tiveram pontuações significativamente mais altas; nos outros 21, as notas foram semelhantes às dos homens - mas nunca menores. Ou seja, a tendência à empatia feminina foi observada em praticamente todo o mundo, independentemente de cultura, língua ou região.

O que os cientistas descobriram

O trabalho foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e liderado por David M. Greenberg, da Universidade de Cambridge. Segundo ele, "nossos resultados fornecem algumas das primeiras evidências de que o conhecido fenômeno - que as mulheres são, em média, mais empáticas que os homens - está presente em uma ampla gama de países em todo o mundo".

Biologia, cultura ou ambos?

A pesquisa não buscou determinar as causas exatas dessa diferença, mas os cientistas apontam que ela pode ter raízes biológicas e sociais. Fatores hormonais, experiências de vida e padrões culturais de educação podem todos contribuir para o desenvolvimento de maior sensibilidade emocional e empatia nas mulheres.

Para Simon Baron-Cohen, diretor do Autism Research Center de Cambridge e coautor do estudo, a empatia feminina está ligada à capacidade de imaginar o que o outro está sentindo e reagir de forma acolhedora, uma habilidade essencial para o convívio humano.

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Os resultados mostram que, mais do que um traço individual, a empatia feminina é um fenômeno global. Em tempos de polarização e pressa, o estudo reforça a importância de um olhar sensível e humano nas relações. Algo que, segundo a ciência, as mulheres já fazem naturalmente melhor.

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