Dois monumentos do país - um da governança, outro da ciência - serão iluminados na noite de 17 de novembro em adesão ao World Cervical Cancer Elimination Day, esforço global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para erradicar o câncer do colo do útero. O Palácio do Buriti, em Brasília, e o Museu da Vacina do Instituto Butantan, em São Paulo, ganham a cor teal. Este é o símbolo internacional da campanha Illumination Day. No Brasil, quem realiza a ação é o Movimento Brasil Sem Câncer de Colo de Útero e pelo EVA (Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos).
DF: centro do poder se ilumina pela saúde das mulheres
Em Brasília, a iluminação do Palácio do Buriti reforça o papel estratégico da capital na articulação de políticas públicas e na defesa da equidade no acesso à prevenção. A oncologista Daniele Assad, integrante do EVA - Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, destaca a relevância da mobilização:
"A iluminação do Palácio do Buriti representa a união entre ciência, políticas públicas e a população. Estamos falando de uma doença prevenível, e cada gesto de visibilidade ajuda a romper barreiras de informação e acesso. Proteger meninas e meninos com a vacina do HPV hoje é garantir uma geração livre do câncer de colo do útero amanhã."
São Paulo: Museu da Vacina conecta ciência, memória e prevenção
A ação também ilumina o coração científico do país. O Museu da Vacina do Instituto Butantan, instalado na antiga residência de Vital Brazil, hoje um espaço dedicado à educação e à cultura científica. A escolha do prédio reforça o peso histórico da imunização para salvar vidas - passado e presente se unem na luta contra uma doença que é 100% prevenível.
Andrea Gadelha, presidente do EVA, enfatiza o simbolismo de iluminar um espaço que celebra a ciência: "Quando iluminamos um espaço como o Museu da Vacina, estamos iluminando também a consciência coletiva. A prevenção do câncer de colo do útero está ao nosso alcance. Precisamos ampliar a vacinação contra o HPV, garantir acesso ao rastreamento de qualidade e combater desigualdades que ainda tiram vidas que poderiam se salvar."
Um país unido pela eliminação do câncer de colo do útero
A OMS estabeleceu, em 2020, a meta global de eliminar o câncer do colo do útero como problema de saúde pública, com base em três pilares. São eles: vacinação contra o HPV, rastreamento regular e tratamento oportuno. Ao iluminar simultaneamente a sede do governo e um museu dedicado à imunização, o Brasil envia uma mensagem clara em sua representação na OMS. De que a eliminação é possível e depende de mobilização política, científica e social.