Estado de Israel, Palestina e Faixa de Gaza brasileiras?
Duas ocupações de sem-teto em São Paulo e um complexo de favelas no Rio de Janeiro têm os mesmos nomes dos locais envolvidos no conflito que levou Lula a fazer uma declaração polêmica sobre o Holocausto.
Foto:
O Complexo de Israel reúne cinco favelas da zona norte do Rio de Janeiro: Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau. Quem comanda a área é o traficante Peixão, que se identifica como pastor evangélico.
Foto:
Segundo a pesquisadora Viviane Costa, que escreveu o livro Traficantes Evangélicos, “a presença da religião na estrutura do crime não é algo novo. Eu prefiro usar narcoreligião”. Fé se mistura com crime, e bíblia, com fuzil.
Foto:
Na Cidade Alta, zona norte do Rio de Janeiro, criminosos instalaram uma estrela de Davi luminosa. Bandeiras de Israel também aparecem como símbolos. Traficantes se inspiram em homens fortes do Antigo Testamento.
Foto: Reprodução
No extremo da zona sul de São Paulo, a ocupação Nova Palestina, iniciada em 2013, homenageia o povo que os sem-teto consideram enfrentar problemas semelhantes, sobretudo a luta pelo território.
Foto: Marinaldo
Nova Palestina, no Jardim Ângela, foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. Começou com 8 mil pessoas. É a maior da capital paulista, no limite com Itapecerica da Serra.
Foto: Reprodução instagram
A ocupação Faixa de Gaza começou em 2013, na região do Morumbi, bairro de mansões da capital paulista. O nome é inspirado na ocupação Nova Palestina, do mesmo ano, também do MTST.
Foto: MTST
A área foi desocupada como parte de um acordo com a Finep, órgão federal proprietário do terreno. Em março, começa a construção de 272 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida.
Foto: Joédson Alves/AB