5 prisões injustas que foram revertidas após reportagens

De reconhecimentos irregulares a falsos flagrantes, jovens negros são os principais alvos das injustiças e erros da polícia e do Judiciário

Foto: Junião/Ponte

Flavio Silva Santos, carregador negro de 29 anos, passou de trabalhador a suspeito de um crime por conta de uma foto no Facebook. Em 2019, ele foi acusado de participar de um roubo a um sítio em Itapecerica da Serra (SP) e foi alvo de um reconhecimento a partir de uma foto de sua rede social

Foto: Arquivo pessoal

Uma reportagem da Ponte denunciou que a condenação de Flavio só tinha como prova o reconhecimento feito de forma ilegal. Passados dois anos e meio, em abril de 2022, o carregador foi solto após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) lhe conceder o habeas corpus

Foto: Junião/Ponte

Os amigos Luiz Henrique Brito e Tauã Ribeiro, jovens negros da periferia da zona norte de São Paulo, ficaram presos por dois meses e meio após uma abordagem policial que terminou num falso flagrante de roubo. A Ponte contou que ambos foram reconhecidos de forma irregular na delegacia enquanto o amigo branco foi liberado

Foto: Arquivo pessoal

Depois de coletar imagens de câmera de segurança e prints que comprovam o álibi de Luiz e Tauã, familiares e amigos foram às ruas da Brasilândia para cobrar justiça aos rapazes. No fim de março deste ano, as famílias celebraram a liberdade dos jovens

Foto: Arquivo pessoal

Em 2020, Gabriel Apolinário havia acabado de completar 18 anos quando ficou quase três meses preso sob a alegação de tráfico de drogas. Mesmo sem nada ter sido encontrado com ele, o jovem foi detido por PMs na frente do condomínio onde morava, no Jardim São Luís, zona sul da capital paulista

Foto: Arquivo pessoal

Usadas no pedido de liberdade do rapaz, as reportagens da Ponte denunciaram contradições nos depoimentos dos policiais, no local em que realmente aconteceu a abordagem e o alegado no BO. Depois de dois anos, a justiça inocentou Gabriel da acusação

Foto: Arquivo pessoal

Mesmo idoso e manco, o ajudante de pedreiro negro Francisco Carvalho Santos também teve que lidar com uma injustiça enquanto tratava um câncer no cólon. Em 2018, ele foi acusado de participar de dois roubos e fugir a pé. Uma reportagem da Ponte denunciou que Chico foi alvo de reconhecimento fotográfico irregular e foi usada nos pedidos de liberdade e absolvição em 2021

Foto: Arquivo pessoal

O motoboy Jefferson de Jesus Mota ficou quase cinco meses preso por um roubo ocorrido próximo de sua casa, no Jardim ngela, bairro da zona sul da capital paulista, no mesmo momento em que o jovem retornava do expediente em uma pizzaria. Jefferson foi preso “em flagrante” após policiais invadiram sua casa

Foto: Arquivo pessoal

A Ponte denunciou o reconhecimento irregular feito com Gabriel e a versão contraditória da polícia, que segundo a defesa do jovem apresentou PMs diferentes no boletim de ocorrência. A família e os amigos do motoboy puderam celebrar sua liberdade em abril do ano passado

Foto: Arquivo pessoal