Poder, beleza e moralismo: a conturbada trajetória do batom
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Muito antes de colorir os lábios, o batom já despertava fascínio, medo e controvérsia. De símbolo de poder a alvo de perseguições morais, sua trajetória atravessa séculos de julgamentos e a redenção veio com uma gama de cores, texturas e acabamentos.
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A história do batom é milenar e repleta de simbolismo, pois reflete poder, status, rebeldia e liberdade, além de sua utilidade estética e de cuidado labial. Seu nome deriva do francês bâton, que significa "bastão", em referência ao seu formato.
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Os primeiros registros de pigmentação labial vêm de dois locais distintos: Mesopotâmia e Egito Antigo. Assim, no Oriente Médio, mulheres moíavam pedras preciosas para colorir os lábios.
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No Egito, homens e mulheres de classes altas usavam pigmentos labiais, como a substância púrpura de Tiro, para denotar status social.
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Desse modo, a prática de colorir os lábios passou a ter conotações sociais distintas, dependendo da região onde eram utilizadas. Na Grécia, o batom era associado a cortesãs, enquanto em Roma, era usado para diferenciar as classes sociais.
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Na Era Vitoriana, o batom era visto como vulgar e imoral, restrito a atrizes e cortesãs. Apenas em 1884, este objeto, em formato de bastão, começou a ser vendido em Paris.
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A partir do século XX, o batom se tornou um símbolo de empoderamento feminino. As sufragistas em Nova York, em 1912, adotaram o batom vermelho como símbolo de rebelião e luta pelo voto feminino.
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O cinema popularizou o uso do batom como item de moda. Atrizes como Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor contribuíram para consolidá-lo como um ícone de beleza e feminilidade.
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Na Segunda Guerra Mundial, o batom vermelho se tornou um símbolo de resistência contra o nazismo, pois Hitler desaprovava o uso de maquiagem.
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O batom vermelho foi transformado em um símbolo de coragem, patriotismo e desafio. As mulheres que trabalhavam em fábricas, no front ou nas ruas usavam batom vermelho como um ato de rebelião
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A utilidade do batom vai muito além da estética, carregando significados diversos ao longo da história. Em tempos de crise, ele funciona como um luxo acessível que eleva a moral e a autoestima.
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É, portanto, uma forma de expressão da individualidade e personalidade. Além disso, o formato do batom pode indicar determinados traços e momentos, como se a pessoa fosse mais organizada ou mais reservada.
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Em diferentes épocas, o batom foi associado à sedução, o que historicamente resultou em sua proibição por instituições que o viam como uma ameaça moral.
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A maioria dos batons modernos contém ingredientes como cera, óleos e silicones, que criam uma camada protetora contra o ressecamento e agentes externos.
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Em 1915, o batom passou a ser vendido em cilindros metálicos que foram inventados por Maurice Levy. As mulheres tinham de deslizar uma alavanca pequena na parte lateral do tubo com a ponta dos seus dedos para deslocar o objeto.
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O primeiro tubo giratório foi patenteado por James Bruce Mason Jr, em 1923, em Nashville, Tennessee. Dessa forma, como as mulheres começaram a usar batom para fotografias, essa arte ajudou este objeto a ser aceitável entre as mulheres.
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A mídia e a publicidade passaram a associar o batom ao glamour, sensualidade e autoconfiança, consolidando-o como um item essencial na rotina de beleza feminina.
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A indústria cosmética floresceu, com o surgimento de inúmeras marcas e a introdução de uma vasta gama de cores, texturas, como cremoso, matte, cintilante, e acabamentos, atendendo aos diferentes gostos e tendências de cada década.
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