Fotógrafo brasileiro registra tubarões-branco e já teve encontro tenso com crocodilo-do-Nilo
Enquanto muita gente ficaria apavorada se chegasse perto de um tubarão, um fotógrafo brasileiro é conhecido justamente por registrar encontros fascinantes com esses animais.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Daniel Botelho, de 44 anos, descobriu sua paixão pelo oceano ainda na infância, quando, aos 7 anos, anunciou para a mãe que havia "fotografado um tubarão" durante uma visita a um aquário.
Foto: Arquivo Pessoal
Criado no Rio de Janeiro, ele cresceu mergulhando com snorkel e identificando espécies marinhas.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Hoje, Daniel é um dos principais fotógrafos subaquáticos do mundo, especializado em tubarões-brancos, que registra a menos de um metro de distância e sem gaiolas de proteção.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Com mais de 20 anos de carreira, o brasileiro já acumulou mais de 170 horas de mergulhos livres com tubarões.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Suas fotos, capturadas com lentes fish-eye, exigem aproximação extrema dos animais para registrar suas cores reais, devido às limitações da luz debaixo d'água.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Sua abordagem é baseada em respeito, evitando confrontos. “Só contando com a misericórdia do animal”, brincou, em entrevista à revista GQ.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Daniel contou que estuda o comportamento dos tubarões para saber quando é seguro entrar na água.
Foto: Mark/Pixabay
Sinais como movimentos suaves indicam um animal tranquilo, enquanto abertura constante da boca e movimentos bruscos podem significar irritação.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Além dos tubarões, o fotógrafo também já capturou baleias-azuis — maior animal do mundo —, conhecidas por serem tímidas.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
O brasileiro explica que manter contato visual é essencial para evitar ataques: “Todo tubarão vai tentar se aproximar por onde você não está vendo. Se ele vier por trás e te der uma cutucada, e você não reagir, não virar, não fizer contato visual, da próxima vez ele pode vir para morder."
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
"Se você correr ou começar a se debater, o tubarão também vai atacar. Tudo depende da forma como você se posiciona. Ele é um animal territorialista, se a pessoa se impõe como um alfa, é provável que o tubarão recue, com medo", detalha o fotógrafo.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Seus mergulhos geralmente são feitos com um assistente local e acontecem em condições controladas.
Foto: Reprodução/@danielbotelhophotographer
Entre os companheiros mais marcantes, estão Bruce, um tubarão-branco enorme, e Ema, uma tubarão-tigre das Bahamas, que virou o xodó do fotógrafo.
Foto: Reprodução/@danielbotelhophotographer
Certa vez, Daniel viveu um momento tenso na Ilha de Guadalupe, no Caribe. Durante uma expedição com turistas, uma mulher se aproximou da isca e acabou atraindo a atenção de uma fêmea de tubarão-branco, o que obrigou o fotógrafo a intervir rapidamente.
Foto: Wikimedia Commons/Creative Commons/Horizon Charters
“Tubarões-brancos são extremamente competitivos. Se você se aproxima da presa dele, ele larga o peixe para confrontar você”, esclareceu.
Foto: Reprodução/@danielbotelhophotographer
Outra situação tensa foi quando se viu frente a frente com crocodilos-do-Nilo, em Botsuana. “O tubarão-branco pode te morder, mas não te vê como comida. Já o crocodilo do Nilo gosta de gente, de comer gente”, disse ele.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Daniel também já fotografou lulas gigantes canibais do Pacífico. Para isso, ele precisou descer amarrado a uma corda.
Foto: Will Turner/Unsplash
Essas lulas podem chegar a ter dois metros de comprimento e são conhecidas por tentar puxar mergulhadores para as profundezas.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
Mesmo animais aparentemente inofensivos já causaram momentos de perigo. Durante uma expedição na Índia, um elefante indiano, conhecido por nadar, acabou sendo surpreendido por uma onda e caiu por cima do brasileiro. "Achei que ia morrer ali", relembrou.
Foto: Divulgação/Daniel Botelho
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Foto: Divulgação/Daniel Botelho